Soja: Preços em alta em Chicago e estáveis no Brasil, com dólar mais baixo

Publicado em 17/12/2019 17:32

LOGO nalogo

Os preços da soja registraram um novo dia de estabilidade no mercado brasileiro nesta terça-feira (17). Salvo algumas praças de comercialização, as referências se mantiveram sem variação no interior e portos do país. 

Em São Gabriel do Oeste, mato Grosso do Sul, a cotação subiu 1,32% para R$ 77,00 por saca, enquanto em em Pato Branco, no Paraná, o indicativo cedeu 0,63% para R$ 79,00. Já em Paranaguá, a soja disponível permaneceu em R$ 88,50 e R$ 87,30 em Rio Grande. Para a safra nova, R$ 86,50 e R$ 87,50, respectivamente. 

O ritmo dos negócios no Brasil segue um pouco mais lento se comparado às últimas semanas. Os preços se mostram em patamares um pouco mais baixos e acabam por afastar os vendedores. O dólar mais baixo - que nesta terça encerrou o dia com R$ 4,06 - também é outro fator que limita o interesse dos produtores neste momento, segundo explicam analistas e consultores. 

O que segue contribuindo para o suporte das cotações no mercado nacional são os ganhos na Bolsa de Chicago. Nesta terça-feira, os futuros da oleaginosa terminaram o pregão com altas de 4 a 6,75 pontos nos principais vencimentos. 

Assim, o janeiro/20 fechou o dia com US$ 9,28 e o março/20, US$ 9,40 por bushel. 

BOLSA DE CHICAGO

Os traders, apesar de cautelosos, se mantêm otimistas diante da melhores relações comerciais entre China e Estados Unidos e o anúncio de um acordo, por ambos os países, para a fase um das negociações. Assim, o janeiro tinha US$ 9,27 e o maio, US$ 9,54 por bushel. 

"A soja tem se recuperado do movimento de venda de posições que foi observado no início deste mês, com os fundos cobrindo suas posições recém adquiridas. Seguimos o sentimento positivo e/ou experiência das atuais compras da China que podem fazer os fundos  a manterem esse movimento", diz Britt O'Connell, consultor do Commodity Risk Management Group. 

"Está havendo a construção de um cenário de alta para os preços da soja em Chicago", diz o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities. No entanto, ainda segundo ele, há uma série de perguntas que precisam ser respondidas para que o mercado defina, de fato, um caminho para as cotações no mercado futuro norte-americano. 

Leia mais:

>> Soja: Novo cenário de altas nos preços está sendo construído em Chicago, dizem especialistas

"O período psicologicamente positivo - festas de final de ano) -, aliado a fatores fundamentais mais altistas - acordo EUA/China e retenciones na Argentina - pode levar as cotações futuras em Chicago a patamares mais elevados ainda", completa Cachia. 

Por outro lado, o analista acredita ainda que mercado interno da soja poderia se mostrar um pouco mais lento neste momento, "com muitos começando a entrar em férias coletivas". Além disso, com o dólar cedendo um pouco mais frente ao real e os prêmios ligeiramente pressionados no país, o ritmo de novos negócios, de fato, pode ficar um pouco mais devagar. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário