Soja: Preços em alta em Chicago e estáveis no Brasil, com dólar mais baixo
Os preços da soja registraram um novo dia de estabilidade no mercado brasileiro nesta terça-feira (17). Salvo algumas praças de comercialização, as referências se mantiveram sem variação no interior e portos do país.
Em São Gabriel do Oeste, mato Grosso do Sul, a cotação subiu 1,32% para R$ 77,00 por saca, enquanto em em Pato Branco, no Paraná, o indicativo cedeu 0,63% para R$ 79,00. Já em Paranaguá, a soja disponível permaneceu em R$ 88,50 e R$ 87,30 em Rio Grande. Para a safra nova, R$ 86,50 e R$ 87,50, respectivamente.
O ritmo dos negócios no Brasil segue um pouco mais lento se comparado às últimas semanas. Os preços se mostram em patamares um pouco mais baixos e acabam por afastar os vendedores. O dólar mais baixo - que nesta terça encerrou o dia com R$ 4,06 - também é outro fator que limita o interesse dos produtores neste momento, segundo explicam analistas e consultores.
O que segue contribuindo para o suporte das cotações no mercado nacional são os ganhos na Bolsa de Chicago. Nesta terça-feira, os futuros da oleaginosa terminaram o pregão com altas de 4 a 6,75 pontos nos principais vencimentos.
Assim, o janeiro/20 fechou o dia com US$ 9,28 e o março/20, US$ 9,40 por bushel.
BOLSA DE CHICAGO
Os traders, apesar de cautelosos, se mantêm otimistas diante da melhores relações comerciais entre China e Estados Unidos e o anúncio de um acordo, por ambos os países, para a fase um das negociações. Assim, o janeiro tinha US$ 9,27 e o maio, US$ 9,54 por bushel.
"A soja tem se recuperado do movimento de venda de posições que foi observado no início deste mês, com os fundos cobrindo suas posições recém adquiridas. Seguimos o sentimento positivo e/ou experiência das atuais compras da China que podem fazer os fundos a manterem esse movimento", diz Britt O'Connell, consultor do Commodity Risk Management Group.
"Está havendo a construção de um cenário de alta para os preços da soja em Chicago", diz o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities. No entanto, ainda segundo ele, há uma série de perguntas que precisam ser respondidas para que o mercado defina, de fato, um caminho para as cotações no mercado futuro norte-americano.
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"O período psicologicamente positivo - festas de final de ano) -, aliado a fatores fundamentais mais altistas - acordo EUA/China e retenciones na Argentina - pode levar as cotações futuras em Chicago a patamares mais elevados ainda", completa Cachia.
Por outro lado, o analista acredita ainda que mercado interno da soja poderia se mostrar um pouco mais lento neste momento, "com muitos começando a entrar em férias coletivas". Além disso, com o dólar cedendo um pouco mais frente ao real e os prêmios ligeiramente pressionados no país, o ritmo de novos negócios, de fato, pode ficar um pouco mais devagar.
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