Soja sobe mais de 14 pts em Chicago, renova máximas em semanas e puxa preços no BR
Os preços da soja fecharam o pregão desta segunda-feira (16) com altas na casa dos 13 pontos para os principais contratos negociados na Bolsa de Chicago. O mercado segue bastante otimista diante de uma melhora nas relações entre China e Estados Unidos e, nesta primeira sessão da semana, encontrou espaço para renovar suas máximas em cinco semanas, como informou a Agrinvest Commodities.
Atento à demanda da nação asiática no mercado norte-americano, os futuros da oleaginosa terminaram os negócios co US$ 9,21 no janeiro, US$ 9,35 para o março e US$ 9,49 no contrato maio/20.
O mercado na CBOT operou durante todo o dia em campo positivo, mas intensificou seus ganhos agora no final dos trabalho, com a expectativa de que as compras da China comecem a aparecer de forma mais expressiva nos EUA.
"A China deverá elevar suas compras de todos os produtos agropecuários a fim de cumprir com seus compromissos firmados junto aos EUA na última sexta-feira (13)", explicam os especialistas da Agrinvest.
No entanto, o analista da corretora, Marcos Araújo, reforça que, apesar desse otimismo, o mercado ainda precisa conhecer mais detalhes desse acordo para saber como absorvê-lo e para que seja possível entender de que forma as reações se darão no médio e longo prazo.
"Os traders parecem estar controlando a euforia após experiências frustradas nos últimos 48 meses, mas ao mesmo tempo acreditam que a notícia é altista e que veremos a China comprando mais soja americana livre de tarifas", diz Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar.
Ainda como explica o executivo, essa poderia ser, de fato, uma notícia um tanto complicada para as exportações brasileiras, apesar de o Brasil estar consolidado como o maior exportador mundial da oleaginosa. Além disso, Cachia diz ainda que "nossos vizinhos argentinos decidiram nos dar uma mão, aumentando neste final de semana as taxas sobre exportações do complexo soja para 30% e de milho para 12%".
E nesta segunda, o mercado recebeu ainda bons números dos embarques semanais norte-americanos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Na semana encerrada em 12 de dezembro, o país embarcou 1.259,374 milhão de toneladas, contra projeções de 900 mil a 1,6 milhão. No acumulado da temporada, os EUA já embarcaram 18.633,317 milhões, contra pouco mais de 15 milhões de toneladas do ano passado, nesse mesmo período.
PREÇOS NO BRASIL
No Brasil, as altas de Chicago foram aproveitadas e ajudaram a neutralizar parte da baixa de mais de 1% do dólar frente ao real. Assim, onde os preços não subiram, ao menos mantiveram sua estabilidade.
Nos portos, a soja ficou com R$ 88,50 por saca, subindo 0,57% em Paranaguá e 0,34% em Rio Grande, para 87,30. Para a safra nova, são R$ 86,50 e R$ 87,50, respectivamente.
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