Soja: Preços sobem no interior do BR com demanda interna forte e dólar alto
Às vésperas do feriado de 15 de novembro no Brasil, dia da Proclamação da República, os preços da soja fecharam a semana com poucas variações no mercado nacional. As referências mantiveram sua estabilidade tanto nos portos, quanto nas principais regiões produtoras do país.
Algumas exceções ficaram por conta de praças em Mato Grosso como Rondonópolis, Primavera do Leste, Alto Garças, Itiquira, Sorriso e Tangará da Serra, onde as cotações subiram até 1,3% e variam de R$ 77,00 a R$ 84,50 por saca. Em São Gabriel do Oeste, Mato Grosso do Sul, o indicativo subiu 1,25% para R$ 81,00.
A regionalidade tem ajudado na formação dos preços no interior do país e, como explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, em algumas regiões a demanda interna paga melhor do que a exportação. "Algumas localidades têm preços até R$ 1,00 por saca maior do que liquidariam nos portos", diz.
Além da demanda, principalmente a interna, bastante forte, o dólar mais alto também favorece a formação de preços melhores. Nesta quinta, a moeda americana fechou o dia com alta de 0,16% e valendo R$ 4,19. Na máxima do dia a divisa voltou a tocar os R$ 4,20.
O ritmo dos negócios, neste momento, é mais comedido no Brasil, uma vez que, além de algumas incertezas que ainda rondam o setor, o Brasil já tem 35% de sua safra 2019/20 comercializada, registrando a melhor média histórica para vendas antecipadas, ainda como explica Brandalizze.
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, as cotações da soja, mais uma vez, terminaram o dia com estabilidade diante de um mercado esvaziado de notícias. Os futuros da oleaginosa terminaram o dia com pequenas altas de 0,50 a 1,50 ponto nos principais contratos, com o janeiro valendo US$ 9,16 e o março, US$ 9,29 por bushel.
O mercado segue ávido por notícias, mas sem força par reagir ao que já conhece. Mais informações sobre a demanda da China nos EUA são as mais aguardadas pelos traders para movimentar os negócios.
As negociações entre China e Estados Unidos continuam a acontecer, porém, as especulações são mais limitadas diante de tantas informações que não foram confirmadas nos últimos meses.
"As cotações futuras relutam em tentar reagir diante do grande ponto de interrogação referente a guerra comercial EUA/China", diz Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da AgroCulte.
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