Soja fecha em queda nesta 5ª feira e segue à espera dos novos números do USDA
Nesta quinta-feira (27), os preços da soja intensificaram suas baixas e terminaram o dia perdendo mais de 5 pontos de queda entre as principais posições. Mais cedo, as perdas passaram de 8 a 9 pontos nos contratos mais negociados.
O mercado internacional da oleaginosa segue se reposicionando antes da chegada dos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trazem na próxima sexta-feira (28). São dados dos estoques trimestrais norte-americanos e da área plantada nos EUA depois de tantos problemas.
Assim, o vencimento julho ficou em US$ 8,83 e o agosto, com US$ 8,93 por bushel.
Enquanto os novos dados ainda não chegam, segue no centro das atenções o clima no Meio-Oeste americano. As condições ainda são preocupantes, porém, as previsões indicam um cenário mais favorável nas duas primeiras semanas de julho, quando as temperaturas começam a subir.
Já são 6 dias de verão nos Estados Unidos, mas o calor necessário para as lavouras de soja e milho dos Estados Unidos ainda não chegou. As previsões mais atualizadas pelo NOAA, o serviço oficial de clima do governo dos Estados Unidos, indicam que as primeiras semanas de julho podem trazer temperaturas ligeiramente acima da média para a época, o que poderia ajudar no desenvolvimento das plantas, já bastante atrasado em relação a anos anteriores.
Leia mais e veja os mapas para as próximas semanas:
>> Previsões do NOAA mostram verão nos EUA com chuvas acima da média e temperaturas abaixo
Sobre as chuvas, elas continuam chegando ao Corn Belt, porém, de forma um pouco mais moderada nestes próximos 7 dias, de acordo com o mapa atualizado pelo NOAA nesta quinta. Os estados de Wisconsin e Minnesota podem receber até 50,8 mm de chuvas, e algumas regiões até 75 mm.
Illnois, Indiana e Ohio podem registrar algo entre 19,05 e 25,4 mm de precipitações entre 27 de junho e 4 de julho.
EXPECTATIVAS PARA O RELATÓRIO
Área de Plantio - Se espera uma área de plantio a ser reportada no dia 28 em 34,14 milhões de hectares, enquanto no último dia 10 o USDA trouxe 34,24 milhões e, em março, 34,25 milhões de hectares.
Para o milho, a queda esperada é bem mais agressiva, uma vez que o plantio foi iniciado mais cedo - como tradicionalmente acontece - e foi ainda mais impactado pelo excesso de chuvas.
Estoques Trimestrais - Os números dos estoques trimestrais americanos em 1º de junho de 2019 podem bater o recorde, que foi registrado na mesma data em 2018, e ficar em 50,65 milhões de toneladas. Há um ano este número era de 33,18 milhões. O intervalo esperado pelo mercado é de 46,27 a 53,4 milhões de toneladas.
Confirmados, os estoques poderiam exercer uma pressão considerável sobre as cotações da oleaginosa na CBOT.
REUNIÃO DO G20
A falta de demanda pela soja dos EUA em decorrência da guerra comercial com a China é o principal agravante dessa situação. A disputa já se estende por mais de um ano e mudou completamente a dinâmica do mercado mundial da soja.
E o conflito também está em pauta para o andamento do mercado neste final de semana.
No dia 28 começa a nova reunião do G20, no Japão, e as negociações entre chineses e americanos podem ser efetivamente retomadas com um novo encontro entre Donald Trump e Xi Jinping. Os traders, portanto, esperam as notícias que começam a chegar do evento no final da semana.
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