Soja intensifica baixas em Chicago e maio perde os US$ 8; prêmios sobem no BR

Publicado em 09/05/2019 11:59
Baixas se aquecem com o desempenho negativo das vendas semanais americanas reportadas pelo USDA

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As vendas semanais de soja dos Estados Unidos divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) tiveram um desempenho bem abaixo do esperado e vieram para pressionar ainda mais os preços da commodity na Bolsa de Chicago. Perto de 11h30 (horário de Brasília), as cotações recuavam mais de 17 pontos, com o contrato maio já abaixo dos US$ 8,00 por bushel, sendo negociado a US$ 7,96. O julho, que é o mais negociado neste momento, tinha US$ 8,09. 

Na semana encerrada em 2 de maio, o resultado das vendas para exportação dos EUA ficou negativo, com o saldo resultando no cancelamento de 149,1 mil toneladas. O mercado, porém, esperava algo entre 350 mil e 1,1 milhão de toneladas. 

Assim, o total comprometido de soja pelo país caiu para 44.988,2 milhões de toneladas, e o USDA espera que as exportações americanas finalizem a temporada em 51,03 milhões de toneladas. Na ano passado, nesse mesmo período, o total das vendas americanas era de 55.124,6 milhões de toneladas. E nesta temporada, o programa de exportações do EUA é o mais lento em anos. 

Números do USDA mostram também que os embarques de soja norte-americanos de setembro a março apresentam um recuo de 27% em relação ao mesmo período anterior, como mostra o gráfico a seguir, da especialista internacional Karen Braun. 

Soja exportações EUA

A linha preta, representando a temporada 2018/19 mostra que as vendas americanas seguem bem abaixo não só em relação ao ano anterior, mas se comparada às últimas safras também. 

PRÊMIOS NO BRASIL

Enquanto os preços perdem força na Bolsa de Chicago, no Brasil os prêmios voltam a subir nesta quinta-feira. Os valores das principais posições de entrega registravam ganhos de 5 a 8 cents de dólar nos principais portos do Brasil, segundo informa a Agrinvest Commodities. Os prêmios da safra 2019/20 também estão em alta. 

A demanda forte pela soja brasileira motiva esse avanço e negócios estão sendo fechados no mercado nacional. Além disso, com a guerra comercial ainda em curso, a demanda chinesa pela soja dos EUA quase não existe. "E as  boas margens de esmagamento na China trazem mais apetite por soja importada", complementa a Agrinvest.  

GUERRA COMERCIAL

O mercado ainda sente a pressão da tensão entre China e Estados Unidos e se prepara para a vista do vice-premier chinês a Washington, que começa hoje. A Casa Branca recebeu a indicação de que a nação asiática quer firmar um acordo com os americanos, porém, tudo se mantém no campo das especulações. 

CLIMA NOS EUA

Paralelamente, os traders observam ainda a possibilidade de uma melhora nas condições de clima no Corn Belt, as quais poderiam estimular o plantio dos grãos, já atrasado na região. Confirmado esse cenário, mais pressão poderia ser sentida pela CBOT. 

NOVO RELATÓRIO DO USDA

Também vindas do USDA, o mercado espera pelas informações do novo boletim mensal de oferta e demanda que será divulgado nesta sexta-feira, 10 de maio. Neste reporte chegam também as primeiras estimativas para a safra 2019/20 dos EUA. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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