Soja fecha estável em Chicago e no Brasil em 2ª feira de pouca especulação e dólar em queda
Os preços da soja deram início à semana ainda com variações bem tímidas tanto no mercado internacional, quanto interno. Segue a falta de informações sobre os negócios no cenário externo, o que limita as variações na Bolsa de Chicago e, consequentemente, nos portos e praças de comercialização do Brasil.
No terminal de Rio Grande, a soja disponível terminou o dia com queda de 0,26% para R$ 75,80 por saca, a mesma baixa foi reportada fevereiro, que terminou o dia com R$ 76,30. Em Paranaguá, alta de 0,39% no spot, para R$ 76,30, e queda de 1,03% para março/19, que ficou em R$ 77,20 por saca.
No porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, a soja subiu 0,91% para R$ 77,40 nesta segunda-feira. Santos não conta com referências neste momento.
No interior, as variações foram extremamente localizadas e registradas, entre as praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, apenas em Sorriso/MT, com baixa de 0,83% para R$ 59,50 e em São Gabriel do Oeste/MS, onde o último preço foui de R$ 64,00, com queda de 1,54%.
A pouca movimentação nos preços da soja no mercado brasileiro se deu não só pela variação limitada dos futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago, mas também pelo recuo do dólar registrado neste início de semana. A moeda americana terminou a segunda-feira com queda de 0,17% e valendo R$ 3,7655.
"As atenções hoje ficaram voltadas para o mercado interno", afirmou o diretor de uma corretora nacional á agência de notícias Reuters. O foco maior do mercado ficou sobre a cirurgia do presidente Jair Bolsonaro.
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Os prêmios também não exibiram grandes mudanças neste início de semana e ainda se mantêm no intervalo entre 30 e 45 cents de dólar sobre os valores praticados na Bolsa de Chicago para as principais posições de entrega.
Para o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, os próximos dias deverão ser de um melhor fluxo de negócios, com a reabertura do governo norte-americano e diante das expectativas de um acordo que poderia ser firmado entre China e EUA em torno da guerra comercial. Confirmado, afinal, o consenso poderia ser combustível para que os preços em Chicago recuperassem patamares importantes.
Bolsa de Chicago
Em Chicago, os futuros da soja fecharam o pregão desta segunda-feira com pequenas baixas de 1,50 a 2,50 pontos nos principais contratos, com o março valendo US$ 9,23 e o maio/19, US$ 9,36. Ao longo do dia, as perdas foram mais expressivas e chegaram a superar os 7 pontos nas posições mais negociadas.
Como explica o analista de mercado Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, ainda faltam informações suficientes para direcionar as cotações na CBOT, e os traders permanecem cautelosos.
Assim, os participantes do mercado nesta semana voltam seus olhos, portanto, ao novo encontro entre China e Estados Unidos que acontece entre os dia 30 e 31 de janeiro, de onde poderiam sair novas informações que pudessem ampliar e intensificar as especulações no mercado internacional.
"Se tiver um acordo, a tendência de alta na Bolsa é verdadeira. Mas onde estarão os prêmios no Brasil e na Argentina? A oferta global, como estará?", questiona Mariano.
Assim, até que novas notícias comecem a chegar ao mercado, as cotações deverão permanecer caminhando de lado, sem grandes alterações e com a especulação ainda bastante rasa.
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