Soja segue pressionada em Chicago e, ao lado do dólar, pesa sobre os preços no Brasil
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, nesta sexta-feira (21), seguem trabalhando em campo negativo. As cotações recuavam, por volta de 12h40 (horário de Brasília), perdiam pouco mais de 6 pontos, levando o novembro/18 aos US$ 8,43 e o março/19 aos US$ 8,70 por bushel.
O mercado internacional passa, nesta última sessão da semana, por uma correção técnica, com um movimento de realização de lucros após os preços terem subido de forma bastante significativa nas últimas duas sessões, registrando as melhores altas em cinco semanas.
Os ganhos foram motivados pela demanda forte pela soja norte-americana diante dos preços baixos praticados na CBOT. Números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostraram essa intensidade de procura pelo produto americano pelas vendas semanais para exportação.
Somente na última semana, os americanos venderam mais de 900 mil toneladas, mesmo sem compras sendo reportadas pela China.
"Além do mais, o fluxo de vendas da soja estadunidense para a Argentina e o Canadá tem atraído a atenção dos operadores, que já apostam na possibilidade do aumento das exportações da oleaginosa de origem EUA", diz a AgResource Mercosul (ARC).
Preços no Brasil
No Brasil, a pressão também é sentida não só pela queda dos futuros em Chicago, mas também pela baixa do dólar, que passa de 1% nesta sexta-feira frente ao real, com a moeda americana atuando abaixo dos R$ 4,10.
De acordo com informações apuradas pela De Baco Corretora, a soja disponível tinha R$ 95,00 por saca em Rio Grande, para a pagamento na metade de outubro e R$ 96,50 para pagamento na metade de novembro.
Ao mesmo tempo, para a safra nova, R$ 85,50 no terminal gaúcho, com entrega abril e pagamento no dia 30 do mesmo mês.
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