Safra com bom desenvolvimento no Corn Bealt; americanos vão vender

Publicado em 02/09/2018 18:31
Informações da AgResources, direto de Chicago

Produtores rurais norte-americanos possuem  tendência, na pré-colheita, de aliviar a capacidade de armazenamento disponível com a venda do grão proveniente da safra antiga, para abrir espaço à soja fresca. 

Em consequencia, as menores baixas na CBOT deverão ser formadas ao fim de setembro, com o movimento temporário de vendas físicas no Mercado doméstico estadunidense da soja, que ocorrem atualmente (baixas sazonais).

Na sequencia, a tendência deverá ser de um Mercado em direção às novas altas, na falta de vendas físicas nos Estados Unidos, até um maior avanço da colheita.

A especulação colocará mais peso sobre a variável da demanda, nestas próximas semanas.

Além do mais, qualquer ameaça climática para o período de colheita desta safra EUA irá adicionar sustento à esta nova tendência de ascensão dos preços da commodity no mercado de futuros.

CLIMA - AMÉRICA DO NORTE

Condições climáticas com chuvas excessivas são centralizadas para o centro-oeste do Cinturão Agrícola, nestes próximos 5 dias.

O fluxo de chuvas continuará intenso até meados de setembro.

A situação levanta algumas preocupações (as quais necessitam de acompanhamento e confirmações).

Os solos das áreas afetadas são, na maioria, com um alto teor de argila, o que eleva o grau de retenção de água.

Enchentes pontuais já podem ser observadas, elevando as incertezas sobre um bom ritmo inicial de colheita.

Além do mais, não há evidências de que a segunda metade de setembro irá trazer um cenário mais seco, até o momento.

As temperaturas deverão ficar dentro ou logo acima da média, nenhuma geada tem sido presente nas previsões de setembro.

Importação de grãos pela China despenca em julho em meio a tarifas dos EUA

PEQUIM (Reuters) - As importações chinesas de grãos despencaram em julho, depois que Pequim impôs pesadas tarifas sobre embarques dos Estados Unidos como parte de seu conflito comercial e os preços internacionais crescentes reduziram as compras, mostraram dados alfandegários nesta quinta-feira.

A China importou 220 mil toneladas de sorgo em julho, uma queda de 62,5 por cento em relação às 588,364 mil toneladas de um ano atrás, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas.

As importações também ficaram abaixo das 450 mil toneladas de junho, quando compradores adquiriram cargas norte-americanas em meio a um alívio temporário nas tensões comerciais entre ambos os países.

Os números alfandegários não dão uma divisão por país, mas a China importa quase todo o seu sorgo dos Estados Unidos.

Os dados também mostraram que a China importou 330 mil toneladas de milho em julho, uma queda de 63,7 por cento em relação ao ano passado. As importações de trigo também caíram 43,03 por cento ante o ano anterior, para 140 mil toneladas.

A China importa um terço de seu milho e trigo dos Estados Unidos, segundo dados da alfândega.

Em maio, Pequim abandonou uma investigação antidumping sobre o sorgo dos EUA, bem como a exigência de um depósito de 178,6 por cento sobre o valor dos embarques, quando aparentemente os dois países estavam resolvendo suas questões comerciais.

No entanto, em 6 de julho, a China impôs tarifas de 25 por cento em uma lista de produtos dos EUA, incluindo sorgo, milho e soja, em resposta a taxas norte-americanas sobre uma lista de produtos chineses.

A China importou 600 mil toneladas de cevada em julho, queda de 16,2 por cento em relação ao ano anterior, segundo os dados.

As importações de carne suína foram de 88,163 mil toneladas em julho, enquanto as importações de açúcar no mesmo mês aumentaram mais de 300 por cento, para 250 mil toneladas, mostraram os dados.

Apesar de incertezas, Brasil deve plantar recorde de 36,3 mi ha de soja em 18/19, apontam analistas

Por José Roberto Gomes

SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de soja na safra 2018/19 do Brasil deve crescer pelo 12º ano seguido e atingir novo recorde, superior aos 36 milhões de hectares, em meio a uma demanda robusta e margens ainda firmes, embora uma série de incertezas deixe o setor em alerta para potenciais revisões nas estimativas já divulgadas, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta terça-feira.

Conforme o levantamento com nove consultorias e entidades, a semeadura no maior exportador global da oleaginosa, que tem início em setembro, deve alcançar 36,28 milhões de hectares, alta de 3,2 por cento ante 2017/18.

A expansão de área nos últimos 12 anos foi de em média cerca de 5 por cento ao ano, sendo que o maior incremento se deu em 2012/13, com 10,7 por cento.

"Entre os fatores que vemos para esse novo aumento de área da soja (em 2018/19)... podemos citar os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que tem resultado em certa manutenção dos preços da soja brasileira para exportação... O câmbio também tem dado suporte aos preços da soja em reais", afirmou o analista do departamento de Pesquisa e Análise Setorial do Rabobank Brasil, Victor Ikeda.

Uma escalada de tensões entre as duas maiores economias do mundo neste ano culminou com Pequim taxando as importações de soja dos Estados Unidos, o que levou a China, maior compradora mundial da commodity, a se voltar ainda mais à oferta brasileira.

Os prêmios do produto nacional chegaram a disparar para 2 dólares por bushel, ao passo que a apreciação da moeda norte-americana ante o real tem compensado o enfraquecimento dos preços na Bolsa de Chicago (CBOT), que já caíram cerca de 7 por cento em 2018.

Mas esse mesmo dólar, com alta de quase 20 por cento neste ano, tende a puxar os custos na temporada.

"A desvalorização do real deverá elevar os custos de produção, em média, em 10 por cento para a próxima safra, com destaque para o forte aumento dos preços de fertilizantes e químicos", resumiu a consultoria Céleres, que prevê plantio de 36,2 milhões de hectares e rentabilidade operacional média de 1.191 reais por hectare em 2018/19.

"Apesar de ser menor que a rentabilidade efetiva na safra 2017/18, as margens projetadas se mostram elevadas e deverão incentivar o aumento de área por parte do produtor", ponderou.

Mesmo assim, há no radar do setor incertezas ainda capazes de jogar para baixo as perspectivas de plantio.

Enquanto o cenário eleitoral deve provocar volatilidade no câmbio nas próximas semanas, indefinições quanto aos custos com fretes, tabelados após os protestos de caminhoneiros, têm prejudicado as vendas antecipadas da safra.

"Nas últimas semanas, a comercialização da safra nova poderia ter andado um pouco mais, só que isso não aconteceu, em parte devido às incertezas em relação à situação do frete em 2019", destacou Steve Cachia, da Cerealpar.

Mais recentemente, uma decisão judicial suspendendo o registro de glifosato levantou dúvidas quanto ao uso do herbicida, presente há décadas no Brasil, na safra 2018/19 de soja.

"Entre fatores que podem levar a alterações no cenário-base que estamos considerando atualmente estão a questão do frete e a discussão sobre o uso do glifosato na próxima safra... Nesses dois casos, em caso de manutenção das medidas em vigor, há possibilidade de revisarmos os números levemente para baixo, principalmente no que se refere à projeção área", afirmou Ikeda, do Rabobank, que prevê semeadura de 36,7 milhões de toneladas.

PRODUÇÃO

Por enquanto a expectativa é de uma colheita levemente maior na comparação com 2017/18, atingindo também históricos 119,76 milhões de toneladas, aumento de 0,65 por cento.

"Em termos de produtividades, nossos primeiros números naturalmente indicam rendimentos médios inferiores aos da última safra, que foi praticamente perfeita em todo o país. Nada impede a repetição destas grandes produtividades, mas para isso o clima deverá ser novamente muito favorável. Alertamos para a possibilidade crescente do fenômeno El Niño ser confirmado no verão sul-americano", disse o consultor, Luiz Fernando Roque, da Safras & Mercado.

Safra de soja 2018/19 do Rio Grande do Sul deve crescer 5%, diz Emater

SÃO PAULO (Reuters) - O Rio Grande do Sul deverá produzir 18,452 milhões de toneladas desoja na safra 2018/19, aumento de cerca de 5 por cento na comparação com a temporada anterior, com um crescimento de área plantada e expectativa de melhor produtividade média, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira pela Emater, o órgão de assistência técnica do Estado.

A área plantada no Rio Grande do Sul, tradicionalmente o terceiro Estado produtor de soja do Brasil, deverá somar 5,89 milhões de hectares, alta de 2,3 por cento ante a safra passada. A produtividade média esperada é de 3,132 toneladas por hectare.

O levantamento, divulgado durante a feira Expointer, apontou ainda que as novas áreas com sojaestão concentradas nas regiões administrativas de Bagé e Santa Maria (72 por cento dos 132 mil hectares novos).

Segundo nota da Emater, a soja representará a maior parte da produção de grãos do Estado, projetada em 31,5 milhões de toneladas, volume que supera a média das últimas cinco safras em mais de 1,6 milhão de toneladas.

Já a produção de arroz ocupará uma área ligeiramente menor, que somará 1,05 milhão de hectares, e a colheita deverá atingir cerca de 8 milhões de toneladas, 5 por cento menos que na safra 2017/18.

O milho deverá ocupar uma área de 738 mil hectares, alta de 5,5 por cento ante a temporada anterior, enquanto a produção deverá subir 11 por cento, para 5,02 milhões de toneladas.

Safra de soja do Paraná crescerá 3% em 2018/19, vê Deral em 1ª estimativa

SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja do Paraná, o segundo produtor da oleaginosa do Brasil, deverá atingir 19,6 milhões de toneladas em 2018/19, o que seria um crescimento de 3 por cento ante 2017/18, previu nesta sexta-feira o Departamento de Economia Rural (Deral), em sua primeira projeção para a temporada.

O órgão do governo estadual estimou uma área plantada de soja estável em relação à temporada anterior, a 5,45 milhões de hectares, e acredita que a produtividade média das lavouras aumentará 2 por cento, para 3,596 toneladas por hectare, na safra cujo plantio tende a se iniciar durante setembro.

Crescimento do PIB dos EUA no 2º trimestre é revisado para cima a 4,2%

WASHINGTON (Reuters) - O crescimento econômico dos Estados Unidos foi um pouco mais forte do que o projetado anteriormente no segundo trimestre, registrando o melhor desempenho em quase quatro anos uma vez que as empresas aumentaram os gastos com software e as importações caíram.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anualizada de 4,2 por cento, disse o Departamento de Comércio nesta quarta-feira em sua segunda estimativa para o trimestre de abril a junho. O dado ficou um pouco acima da taxa de 4,1 por cento que o departamento informou em julho, e foi a mais forte desde o terceiro trimestre de 2014.

As empresas gastaram mais em software do que o estimado anteriormente no segundo trimestre e o país também importou menos petróleo. Gastos empresariais mais fortes e uma conta de importação menor compensaram a pequena revisão para baixo nos gastos do consumidor.

Em comparação com o segundo trimestre de 2017, a economia cresceu 2,9 por cento em vez dos 2,8 por cento relatados anteriormente. A produção expandiu 3,2 por cento no primeiro semestre de 2018, em vez de 3,1 por cento, colocando a economia no caminho certo para atingir a meta de crescimento anual de 3 por cento do governo do presidente Donald Trump.

Mas é improvável que o crescimento robusto do segundo trimestre seja sustentado dado fatores pontuais, como um pacote de corte de 1,5 trilhão de dólares em impostos que proporcionou um choque nos gastos do consumidor após um apático primeiro trimestre e um carregamento antecipado de exportações de soja para a China para evitar tarifas comerciais retaliatórias.

O governo informou na terça-feira que o déficit comercial saltou em julho 6,3 por cento, para 72,2 bilhões de dólares, uma vez que a queda de 6,7 por cento nos embarques de alimentos pesou sobre as exportações.

Embora os gastos dos consumidores tenham se mantido fortes no início do terceiro trimestre, o mercado imobiliário enfraqueceu ainda mais, com a construção residencial subindo menos que o esperado em julho e as vendas de novas moradias e de moradias usadas diminuindo.

Os economistas esperavam que o crescimento do PIB no segundo trimestre fosse revisado para baixo a 4,0 por cento. A economia cresceu a uma taxa de 2,2 por cento no período de janeiro a março.

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Fonte:
NA/AGResources /Reuters

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