Soja trabalha com leves altas em Chicago nesta 5ª se ajustando antes da divulgação do USDA
O mercado da soja, na sessão desta quinta-feira (12), trabalha do lado positivo da tabela, em um movimento de correção técnica depois das baixas fortes do pregão anterior. Ao mesmo tempo, segue se ajustando também à espera dos novos números mensais de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na tarde de hoje.
Assim, por volta de 8h (horário de Brasília), as cotações subiam entre 2,75 e 3,25 pontos, com o julho - que trabalhava estável, sem variação - cotado a US$ 8,29, e o agosto/18 a US$ 8,36.
O novo boletim do USDA poderia trazer maiores estoques, produção e produtividade norte-americanos, exercendo mais pressão sobre as cotações, segundo explicam analistas e consultores, em um momento em que as cotações já sentem um peso bastante severo da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
A OMC (Organização Mundial do Comércio) já afirmou que vai revisar as novas medidas de Trump de aumentar as tarifações sobre produtos chineses em US$ 200 bilhões além dos US$ 34 bilhões já implementados, além de averiguar a legalidade da decisão. Do lado chinês, qualquer imposição americana seria igualmente retaliada no mesmo momento, como já foi anunciado.
"No entanto, a ARC alerta que os chineses possuem apenas mais US$ 100 bi em importação proveniente dos EUA para a tentativa de uma contramedida. Há a especulação de que os chineses poderão partir para deliberações sobre o estabelecimento de empresas norte-americanas no seu território", explica a AgResource Mercosul (ARC).
No mais, pesam também sobre os preços o clima bom no Meio-Oeste americano, que traz um satisfatório desenvolvimento das lavouras 2018/19. E a partir desta sexta-feira (13), uma nova rodada de chuvas - acompanhada de uma frente fria - chega a estados produtores que precisam corrigir sua umidade, como norte de Iowa, sul de Minnesota e Wisconsin, ainda segundo a ARC.
"Se confirmado, esta rodada extra de precipitações já trará certo alívio ao produtor da região que se preocupa com os solos secos e o estresse hídrico presente. As temperaturas se mantém acima da média por mais 3 dias, também sendo amenizadas com a chegada deste padrão temporário com a frente fria", informa a consultoria internacional.
Ainda nesta quinta-feira, chegam também os novos números das vendas semanais para exportação e, com a possibilidade de mais cancelamentos por parte da China, os números também podem mexer com os preços.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira e, na sequência, as expectativas na íntegra para o boletim do USDA desta quinta:
>> Soja volta aos US$ 8,30 em Chicago com pressão conjunta da guerra comercial e clima bom nos EUA
>> Soja e Milho: USDA deve trazer aumento de produção, produtividade e estoques nos EUA
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