Aumentam as tensões entre China x EUA e mercado da soja já reage em Chicago
Após o anúncio de novas tarifas impostas sobre produtos chineses pelo presidente americano Donald Trump, a lista de retaliação da China aumentou nas últimas horas e o mercado de commodities, principalmente as agrícolas, já reage de forma bastante negativa nas bolsas internacionais. Somente em Chicago, os grãos recuam mais de 1% na manhã desta sexta-feira.
Os produtos agrícolas, afinal, são alguns dos principais alvos das retaliações, segundo acreditam analistas internacionais. E os agricultores norte-americanos são os que mais produzem para exportar para a China do que quaisquer outros no mundo. Além disso, na medida em que começam as retaliações sobre os itens do campo, um dos principais eleitorados de Trump começa a ser atingido.
Na última quinta-feira, o presidente americano assinou um memorando com uma lista de bens chineses a serem taxados com um valor de US$ 60 bilhões, que começa a valer após um período de consulta de 30 dias após sua divulgação.
Na sexta, a China respondeu com uma lista de US$ 3 bilhões em mercadorias americanas que poderiam ser alvo caso não se chegue a um acordo entre as duas maiores economias do mundo. A lista inclui carne de porco, vinho, tubos de aço. A soja ainda não contava com uma menção direta.
Soja
Um terço da produção americana de soja, avaliado em US$ 14 bilhões por ano, é destinado à China e, assim, a cultura poderia ser uma das mais prejudicadas em meio a essa disputa, de acordo com uma avaliação da American Soybean Association. "A linha dura que pode ser adotada pelo governo chinês levará a uma retaliação que pode custar a subsistência de muitos agricultores americanos", disse a associação.
"Se a China fosse capaz de comprar tudo do Brasil - o que não seria possível e ainda empurraria outros compradores para os Estados Unidos - e comprar mais 7 ou 8 milhões de toneladas de outra origem sul-americana, ainda assim eles precisariam comprar mais de 20 milhões de toneladas para alcançar sua meta de 100 milhões de toneladas previstas para esta temporada", diz a Benson Quinn Commodities.
1 comentário
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Augusto Mumbach Goiânia - GO
China e Estados Unidos estão demonstrando como agem países que não são uma biscate internacional.