Colheita de soja em Mato Grosso está atrasada e chuva ainda é risco, diz Imea
SÃO PAULO (Reuters) - A colheita de soja da safra 2017/18 está atrasada em Mato Grosso, principal produtor do Brasil, e chuvas previstas para os próximos dias podem atrapalhar ainda mais os trabalhos de campo, alertou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Até semana passada, 1,29 por cento da área plantada com a oleaginosa no Estado havia sido colhida, contra 5,33 por cento em igual período do ano passado e 2,9 por cento na média das últimas cinco temporadas.
"Tal avanço mais retraído nesta safra é decorrente dos atrasos na semeadura e, principalmente, dos grandes volumes de chuvas registrados em grande parte do Estado", destacou o Imea em relatório semanal.
Nos últimos dias, precipitações em excesso e a nebulosidade começaram a preocupar o setor quanto a atrasos na colheita e também à proliferação de doenças, como a ferrugem.
"Espera-se que a colheita ganhe volume a partir da segunda quinzena de janeiro. Apesar disso, as previsões climáticas apontam significativos volumes de chuvas neste período, podendo refletir nos trabalhos de campo", ponderou o Imea.
Conforme o Agriculture Weather Dashboard, do terminal Eikon da Thomson Reuters, deve chover até 31 de janeiro de 77 a 145 milímetros em Mato Grosso, a depender da região.
COMERCIALIZAÇÃO
O Imea também destacou que não só a colheita de soja está mais atrasada neste ano: as vendas antecipadas também estão.
Até o momento, em torno de 42 por cento da safra a ser colhida já foi comercializada, queda de quase 8 pontos percentuais na comparação com igual momento do ano passado.
Mato Grosso deve produzir neste ano 30,6 milhões de toneladas de soja, segundo o Imea.
(Por José Roberto Gomes)
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