Soja, por AgResource Mercosul: Mercado de olho em todas as variáveis, mas ainda sem direção

Macrocenário na CBOT

Três dias consecutivos de ganhos na CBOT foram interrompidos por uma leve baixa da sessão desta quinta-feira (5). Operadores do Mercado têm discutido o lento ritmo de exportações norte-americanas que coloca um sentimento de baixa, enquanto que as projeções climáticas para a Argentina e o Sul do Brasil trazem um possível ânimo altista para as cotações. Nenhuma das duas variáveis possuem um poder de conclusão definitivo, dificultando a tomada de uma tendência no Mercado. No cenário global, os variados Índices de Commodities, que medem o desempenho das principais commodities mundiais, o que inclui a soja como um dos principais ativos do meio agrícola, vêm definindo altas consecutivas, alcançando níveis recordes. Apesar de ainda não apresentar nenhum resultado que derive as cotações da oleaginosa, os fundos especulativos que verem uma oportunidade na compra de pacotes de commodities deverão também investir na soja. No geral, o Mercado deverá continuar sem uma tendência definida até com que os mapas climáticos se tornem mais consistentes.

Clima na América do Sul

As previsões meteorológicas atualizadas hoje trazem uma grande di- vergência nas leituras para a Argentina. Os diferentes modelos climáticos não estão em concordância e nem mesmos as atualizações diárias trazem as mesmas projeções. A influência do La Niña tem dificultado o trabalho meteorológico, nem mesmo os mapas para os próximos 5 dias se mostram similares. Em termos gerais, o padrão de chuvas para a Argentina e o Sul do Brasil continua com precipitações irregulares e índices pluviométricos bem abaixo da média, em torno dos 5mm. Algumas regiões pontuais na província de Buenos Aires poderão presenciar totais acima dos 15mm. As temperaturas devem continuar mais quentes do que a média por todo o mês de janeiro, em tais regiões. O Centro e Norte do Brasil, pelo contrário, deverão presenciar chuvas regulares e temperaturas normais.