Soja: Preços continuam subindo em Chicago nesta 4ª, mas cautela com clima permanece

Publicado em 03/01/2018 14:36

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Os preços da soja seguem atuando com variações limitadas, porém, ainda em campo positivo na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa negociados nesta quarta-feira (3), por volta de 15h10 (horário de Brasília), subiam de 3,25 a 4,25 pontos nos principais contratos. Assim, o março/18 tinha US$ 9,68 por bushel e o maio/18, que é referência para a safra brasileira, US$ 9,79. 

As diferenças entre as previsões climáticas para a América do Sul têm trazido bastante cautela aos operadores na Bolsa de Chicago, mantendo os preços ainda caminhando de lado neste início de 2018. Essas incertezas, embora ainda não tenham se tornado ameaças, mantêm os fundos ajustando suas posições, principalmente nestes dias que antecedem o novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na próxima semana. 

"Até o dia 14 de janeiro, as precipitações estão bem escassas para a Argentina, com as melhores chances de chuvas generalizadas somente a partir do dia 15. E mesmo assim, nem todos os modelos climáticos têm confirmado tais projeções", explica o analista de mercado da AgResource Mercosul (ARC), Matheus Pereira. 

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E até que haja uma melhor direção vinda dessas previsões, o mercado segue caminhando de lado. No entanto, as expectativas são de uma mudança nas cotações na medida em que um padrão de tempo mais quente e seco vá se confirmando na Argentina, aumentando as especulações entre os investidores. 

"O mercado está muito semelhante ao de janeiro de 2016, quando veio calmo até meados de janeiro até que a especulação climática chegou empurrando forte a soja em quase US$ 1,00 por bushel", explica Pereira. 

A opinião do analista da AgResource Mercosul é compartilhada pela corretora Carley Garnerm da DeCarley Trading.Para a executiva, o mercado de grãos, porém, está prestes a passar por uma virada de ritmo e as condições favoráveis para persistência do La Niña pode ser o catalisador dessa mudança. 

"O fenômeno, responsável pela decolagem dos preços em 2012 pode fazer uma aparição em 2018. Caso isso se confirme, os preços - principalmente do milho, da soja e do trigo - podem encontrar estímulo e volatilidade", diz ela. 

Nesta quarta, o Instituto de Meteorologia da Austrália - Bureau of Meteorology (BOM, na sigla em inglês) - atualizou suas previsões para o La Niña e informou que o fenômeno, de intensidade fraca, ainda persiste e deve durar até o outono do hemisfério Sul em 2018. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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