Após perdas históricas na última safra, produtores da Argentina ainda decidem por soja ou milho
Com 57,5 milhões de hectares, a safra de soja 2016/17 foi a segunda maior da história da Argentina - o recorde foi de 60,8 milhões de toneladas no ciclo 2014/15 - mas a primeira em termos de rendimentos.
Com 3190kg (53 sacas) por hectare, o rendimento médio nacional superou os 3170kg (52,8 sacas) registrados em 2015. Por outro lado, a área perdida pelos excessos hídricos na última safra é calculada em 1,15 milhões de hectares, a maior de todo o milênio.
Somente na região núcleo as perdas de superfície de soja por conta deste fenômeno passaram de uma média histórica de 1% a 3% para 9% em 2016/17.
O dado foi trazido por Cristian Russo, chefe da Guia Estratégica para o Agronegócio (GEA) da Bolsa de Comércio de Rosario (BCR). Russo destaca que, do total de hectares perdidos, 570 mil estavam localizados na zona núcleo, que é uma das áreas mais importantes para a produção do país. Contudo, o plantio de soja de segunda etapa (plantada após o trigo) cresceu de 8% a 13%.
A problemática dos excessos hídricos contunua a apavorar o setor e tem um efeito acumulativo. O especialista avalia que há um temor em torno da volta das chuvas superiores ao normal para esta safra, lembrando que a soja é mais sensível do que o milho.
Diante dos problemas, o especialista avalia que os produtores têm se mostrado proativos em resolver problemas de logística, como a disponibilidade de caminhos para colher a safra, além de realizar controles de pragas que servem tanto para a soja quanto para o milho, a fim de tomarem suas decisões mais adiante.
O plantio do milho de primeira etapa se inicia no mês de setembro na Argentina.
Tradução: Izadora Pimenta
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