Soja argentina tem nível de proteína mais baixo dos últimos 20 anos
A soja colhida na safra 2016/17 na Argentina teve "a média mais baixa de proteína dos últimos 20 anos", segundo Martha Cuniberti, responsável pelo laboratório de Qualidade Industrial e Valor Agregado de Cereais e Oleaginosas do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) do país.
A porcentagem média foi de 37,1%, quando a média das últimas duas décadas é de 38,4%.
"São quatro safras em queda e este fator é importante, porque a Argentina é o primeiro exportador mundial de farelo de soja", pontuou Cuniberti. O farelo de alta qualidade requer 46,5% de proteína e, para conseguir tal quantidade, a indústria necessita de uma proteína em grão de 37,5% a 38%.
A nível industrial, o baixo nível de proteína é um inconveniente, como aponta a pesquisadora. Sobre 50 mil mostras dos ensaios realizados, o resultado foi de que o efeito genético influencia apenas 3% na expressão da proteína, enquanto o ambiente influencia de 56% a 60%. "E é o ambiente que o produtor não pode controlar", disse.
Tradução: Izadora Pimenta
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