Soja: Com baixa em Chicago e do dólar, preços recuam também nos portos do BR nesta 4ª

Publicado em 12/07/2017 12:18

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago recuam nesta quarta-feira (12). O mercado espera pelos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz hoje, em seu reporte mensal de oferta e demanda, e se ajusta antes da chegada dos dados, como tradicionalmente acontece. 

Por volta de 12h (horário de Brasília), os preços caíam pouco mais de 5 pontos entre os vencimentos mais negociados, com o contrato novembro/17 valendo US$ 10,37 por bushel. O recuo, na CBOT aliado a uma baixa expressiva do dólar frente ao real, já pesava também sobre a formação dos preços no Brasil. 

No porto de Rio Grande, no início da tarde de hoje, o produto disponível tinha R$ 74,40 por saca, perdendo 0,80%, enquanto a safra nova valia R$ 77,80, com uma queda de 0,26%. 

Dólar 

A moeda americana perde força frente à brasileira diante da vitória do governo Temer com a aprovação da Reforma Trabalhista no Senado e também diante das apostas do mercado de uma nova alta dos juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve, a qual poderia ficar, inclusive, acima do esperado. 

"O placar de aprovação da trabalhista foi folgado e, embora seja um termômetro pequeno para a aprovação de outras reformas, ajudou no tom positivo", afirmou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, para quem o dólar vem procurando se acomodar num piso mais baixo do que os 3,30 reais das últimas semanas, segundo a agência de notícias Reuters.

Leia mais:

>> Dólar cai e vai a R$3,23 com reforma trabalhista e Yellen

Mercado Internacional

Sempre um evento bem marcado no calendário do mercado internacional de grão, a espera pelo reporte do USDA traz um humor de mais calma e cautela aos investidores, que estão ainda no pico do mercado climático norte-americano, o que também intensifica a volatilidade do andamento das cotações na CBOT, estimulando alguma tomada de lucros.

Os traders seguem bastante atentos aos números dos estoques da safra velha dos EUA, ao passo em que dividem suas atenções com as estimativas de produção e produtividade da safra nova. Para o analista internacional Terry Reily, da Futures International, "não esperamos nenhuma mudança na produtividade da soja americana". E como lembra o reporte da Benson Quinn Commodities, "para o milho, a última vez que se reduziu o rendimento no boletim de julho foi em 2012, o ano da grande seca. Uma redução seria atípica". 

Veja as expectativas detalhadas:

>> USDA: Expectativas indicam redução nos estoques finais de soja dos EUA

Paralelamente, o mercado segue muito nervoso com a situção climática no Corn Belt. "Algumas previsões são desastrosas, principalmente as que indicam a manutenção de um sistema de alta pressão sobre o oeste do Corn Belt", diz o analista de mercado do Commonwealth Bank da Australia, Tobin Gorey. Seguem portanto, as previsões de clima ainda muito quente e seco no Meio-Oeste americano. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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