Soja: Mercado devolve parte das altas em Chicago avaliando impactos do clima no Corn Belt
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago testaram novas altas na manhã desta terça-feira (2), porém, na sequência voltaram a recuar, devolvendo parte dos últimos ganhos. Especulado, o mercado volta a se comportar de forma técnica e, por volta das 13h20 (horário de Brasília), os principais contratos perdiam etre 3,25 e 4,25 pontos. Assim, o maio/17 já voltava à casa dos US$ 9,55 por bushel.
No porto de Rio Grande, os preços, por sua vez, ainda buscavam uma recuperação nos patamares melhores observados na Bolsa de Chicago para tentar garantir algumas referências mais altas também. Em relação à última sexta-feira (28), o disponível subia 1,03% para R$ 68,50 e o futuro, 0,73% para R$ 69,30.
O dólar chegou a contribuir com o movimento positivo nos terminais nacionais ao começar o dia em alta sobre o real, porém, também logo passou para o campo negativo e já limitava sua influência na formação dos preços. Perto das 13h35, a moeda americana valia R$ 3,16, e operava com uma baixa de 0,14%.
"O mercado está atuando muito no curto prazo", comentou um operador de uma corretora ao destacar que exportadores viram uma oportunidade de vender com a puxada da moeda mais cedo. "O investidor compra para se defender do risco. Passa a votação, volta a aplicar no risco, e assim vai", emendou na agência de notícias Reuters.
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Mercado Internacional
O clima nos Estados Unidos tem sido o protagonista nesta semana no mercado futuro norte-americano, que vem registrando baixas temperaturas, neve em alguns etados produtores e mais chuvas chegando ao Corn Belt. No último final de semana, Kansas, Illinois, Indiana e Missouri receberam mais de 100 mm de chuvas.
"O padrão climático bastante úmido e com temperaturas abaixo da média, sobre o Cinturão Agrícola, coloca pontos de atenção na progressão de safra dos Estados Unidos – agora em plantio. As previsões para os próximos 5 dias continuam adicionando novas rodadas de chuvas significativas para as mesmas regiões – Cinturão Agrícola, em específico ao Missouri e sul de Illinois, Indiana e Ohio. Um cenário climático mais favorável é esperado ao fim desta semana (a partir do dia 5 de maio)", explica a a AgResource Brasil (ARC Brasil).
Assim, na sequência o mercado deverá continuar a acompanhar as condições de clima e mais as especulações para a próxima semana, uma vez que maio é o mês mais importante para o plantio da soja. Até o último domingo (30), a semeadura da oleaginosa estava concluída em 10% da área. O número, porém, fica acima do mesmo período do ano passado e da média dos últimos cinco anos, de 7% em ambos os casos.
As notícias diante do atual cenário é de que algumas áreas poderiam, caso essas condições persistam, de um replantio devido ao excesso de umidade. "E se isso for mesmo necessário, os EUA têm bastante tempo para fazer isso", diz o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa.
Ainda segundo o diretor da Labhoro, o momento exige atenção, porém, ainda não gera uma preocupação excessiva. "Alguns pontos do Corn Belt receberam até 200 mm de chuvas, isso é um fato, mas foram pontos isolados", explica. E para o milho e a soja - ao contrário do trigo, que sofreu muito no último final de semana, as condições climáticas e seus reflexos não foram tão severas. "No meu entendimento, o mercado já precificou esses eventos", complementa.
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