Soja em Chicago recupera parte das últimas baixas e volta a operar em alta nesta 6ª feira

Publicado em 10/02/2017 07:25

Os ganhos entre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago já voltaram a aparecer nesta manhã de sexta-feira (10), com o mercado recuperando parte das baixas registradas na sessão anterior. Por volta de 12h55 (horário de Brasília), as posições mais negociadas ampliavam seus ganhos e subiam entre 9,25 e 10,75 pontos, com o maio/17 valendo US$ 10,72 por bushel. 

O mercado internacional vinha esperando ansioso pelos novos números do boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado nesta quinta-feira (9), porém, as novidades foram poucas e o mercado opta por se reajustar e voltar-se aos fundamentos já conhecidos. 

Entre consultores e analistas internacionais é consenso que a nova safra dos Estados Unidos já começa a ganhar mais espaço entre os traders, principalmente com o foco voltado à disputa por área entre soja e milho no Corn Belt. Os primeiros indicativos já sinalizam que nesta temporada a oleaginosa poderia ganhar alguns hectares do cereal e, caso isso se confirme, as cotações poderiam ser pressionadas na CBOT. 

Entretanto, as posições dos fundos, que seguem ainda bastante comprados na soja, acaba por dar algum suporte aos futuros da commodity, ainda de acordo com analistas internacionais. "Temos a impressão de que os fundos continuarão a defender essa sua posição no curto prazo", informa a nota da Benson Quinn Commodities desta sexta-feira. 

E a força da demanda segue dando suporte às cotações também. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou uma nova venda de soja nesta sexta-feira (10), em seu segundo anúncio da semana. Foram 140 mil toneladas da safra 2016/17 para destinos não revelados. Nesta quinta (9), o volume reportado foi de 107,9 mil toneladas. 

Somente em janeiro deste ano, segundo informou a Administração Geral Alfandegária da China nesta sexta, o país importou 7,66 milhões de toneladas de soja em grão, o volume foi o maior para o mês desde 2010. Apesar de uma redução de 15% em relação ao mês anterior, o total cresceu 35% se comparado a janeiro de 2016, e as informações foram muito bem recebidas pelo mercado. 

"A demanda está tentando pegar produto brasileiro, mas existe uma certa lentidão na entrada da safra em relação ao que se esperava. Então, os compradores voltaram a buscar uns lotes nos Estados Unidos em uma época em que não era provável ou esperado, o que também ajuda a dar suporte para os preços em Chicago", explica o consultor de mercado Flávio França Junior, da França Junior Consultoria. 

Leia mais sobre os cenários para os preços, a oferta e a demanda:

>> Soja: Preços podem ceder com as novas ofertas, mas demanda ainda é muito intensa

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário