Soja: Mercado aproveita USDA neutro e sem novidades para realizar lucros em Chicago nesta 5ª

Publicado em 09/02/2017 16:58

O mercado da soja fechou a sessão desta quinta-feira (9) em baixa na Bolsa de Chicago. Os preços aproveitaram as poucas novidades trazidas pelo novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para realizar lucros após as boas altas registradas no pregão anterior, segundo explicou o consultor Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios. 

"Foi um boletim completamente sem surpresas. Brasil, Estados Unidos e Argentina, juntos, vendem 88% de toda a soja do mundo e com os números estáveis para esses três países, os traders aproveitaram para realizar os lucros das posições tomadas nesta quarta-feira (8). Mas as quedas não foram significativas", diz. 

O reporte trouxe uma manutenção da produção brasileira em 104 milhões de toneladas, reduziu a da Argentina de 57 milhões para 55,5 milhões e, ao contrário do que vinha sendo ansiosamente esperado pelos traders, não mexeu nos estoques ou nas exportações finais norte-americanas. 

A produção mundial também foi revisada para menos e passou a 336,62 milhões de toneladas, contra 337,85 milhões do boletim de janeiro. Os estoques finais globais, por sua vez, foram reduzidos de 82,32 milhões para 80,38 milhões de toneladas. 

USDA Soja - Fevereiro

E essa pequenas mudanças foram insuficientes para promover uma mudança mais intensa nos preços. "Essa volatilidade vista hoje tem sido normal e o o mercado poderia estar mais pressionado com o avanço da colheita no Brasil e a chegada dessa nova oferta", explica Fernandes. 

Dessa forma, para o consultor, os preços seguirão esperando por mudanças mais profundas e até mesmo alguma pressão a mais sobre as cotações quando o ritmo da colheita no Brasil se intensificar ainda mais. Ao mesmo tempo, não desvia seu foco da demanda - com 90% do total projetado pelo USDA para ser exportado já comprometido e cerca de 75% embarcado, e os compradores ainda ávidos pela oleaginosa. 

Por outro lado, afirma ainda que o dólar na casa dos R$ 3,00 e sem forças para reagir nesse momento ajuda a estreitar o espaço de novas baixas em Chicago. "Isso afastaria demais o vendedor brasileiro", diz Ênio Fernandes. Na outra perna formadora dos preços, atenção aos prêmios pagos nos portos do Brasil. Os indicativos seguem avançando, dados os poucos negócios que têm sido efetivados, e somente nesta quinta subiram mais de 11%, variando entre 55 e 68 centavos de dólar sobre as cotações de Chicago em Paranaguá. 

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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