Lavouras de soja no Oeste da Bahia se recuperam e esperam chuvas de fevereiro para o enchimento de grãos

Publicado em 09/02/2017 12:01

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A região Nordeste do Brasil deverá receber, segundo as últimas previsões, muitas chuvas nos próximos dias e, dessa forma, a região Oeste da Bahia continua sendo beneficiada, permitindo uma excelente recuperação das lavouras de soja. Segundo relata o assessor de agronegócios da AIBA (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), Luiz Stahlke o clima é desenvolvimento na região e as expectativas agora são para essas próximas chuvas para que as lavouras possam ser bem concluídas, contando com condições favoráveis para o período de enchimento de grãos a partir de agora. 

Além disso, essas chuvas recentes que chegaram ao estado e mais as que estão previstas contribuem ainda para a recuperação dos níveis de umidade do solo. "A condição ajuda a elevar a umidade do solo que está com déficit hídrico, abaixo dos 10%, já que a expectativa é de volumes elevados e que podem passar dos 100mm ainda nesta semana, com a passagem de uma frente fria na costa na altura da Bahia", informa a Somar Meteorologia.

Para o engenheiro agrônomo Armando Ayres de Araújo, da Conap Consultoria Agropecuária, esse maior potencial de recuperação das plantas de soja se deu não só pelas chuvas, mas porque o plantio ocorreum um pouco mais tarde, após 15 de novembro, ao contrário do milho, que já registra perdas bastante significativas. 

"A estiagem pegou o milho bem na época do florescimento, mas foi muito manchada. Então, já se estima uma perda de 40% a 50%, mas ainda tem produtores que irão colher de 140 a 150 sacas por hectares. Outros chegaram até mesmo a cortar a lavoura para fazer silagem e outros vão colher algo entre 50 e 60 sacas por hectare", explica Araújo, lembrando que o cereal já não tem muito tempo de recuperação. 

Com a utilização de mais variedade de ciclos médio e longo, a resistência e a recepção das precipitações recentes da chuva foram bem melhores na oleaginosa, que afima ainda que a produtividade poderia ficar em algo entre 52 e 54 sacas por hectare. E ainda segundo informou o assessor da Aiba, líderes da região deverão se reunir nas próximas semanas para avaliar este potencial de recuperação da soja. 

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As perdas no milho baiano chamam ainda mais a atenção em função do aumento de área promovido pelos produtores, como explica o engenheiro agrônomo da Conap. O total destinado ao cultivo do grão subiu, da safra 2015/16 para a 2016/17, de 135 mil para 180 mil hectares, com os agricultores estimulados pelos bons preços registrados no ano passado. 

"O milho chegou a ser negociado a R$ 50,00 por saca, hoje está próximo de R$ 39,50. A estimativa é de que não baixe de R$ 30,00 e, nesse patamar, dá boa rentabilidade para quem conseguir colher algo próximo de 150 scs/ha", diz Araújo. 

Pragas e Doenças

A incidência de pragas está controlada no estado, mas o que mais chama a atenção é a mosca-branca. Segundo Araújo, muitos produtores têm feito o controle com biológicos e têm tido bons resultados. As lagartas não têm sido um grande problema este ano e as chuvas colaboram para o controle. 

Entre as doenças, com condições de clima bastante propícias, a ferrugem exige bastante atenção dos produtores neste momento, já que ela já foi identificada e notificada. Segundo informações do Consórcio Antiferrugem, 11 ocorrência foram registradas, sendo 1 em Barreiras, 1 em Correntina e 9 em São Desidério. 

A estimativa do Conselho Técnico da Aiba é de que a Bahia colha, nesta temporada, 5.308,8 milhões de toneladas de soja nesta temporada, contra pouco mais de 5,2 milhões da anterior. A área também cresceu, ficando em 1.580,0 milhão de hectares, enquanto em 2015/16 a área de cultivo foi de 1.520,0. 

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As imagens das lavouras de soja na Bahia foram enviadas por Armando Ayres de Araújo

Leia ainda:

>> Conab projeta safras recordes de soja e milho no Brasil em 2016/17

Algodão

Outra cultura que se desenvolve bem e carrega um bom potencial nesta temporada é o algodão do Oeste da Bahia. "Podemos dizer que o algodão está 100%", relata o engenheiro. A Aiba estima uma área de 192 mil hectares, 15% a menos do que no ano safra anterior, com a produção prevista em 777,6 mil toneladas. 

Somar Meteorologia:

MATOPIBA recebe chuvas volumosas nesta semana

A Somar Meteorologia prevê chuva volumosa nos próximos dias na região Nordeste, que passa por quase dois meses sem precipitação significativa em algumas áreas. A condição deve beneficiar o MATOPIBA, área agrícola que abrange parte dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. 

A condição ajuda a elevar a umidade do solo que está com déficit hídrico, abaixo dos 10%, já que a expectativa é de volumes elevados e que podem passar dos 100mm ainda nesta semana, com a passagem de uma frente fria na costa na altura da Bahia. “Com isso, as chuvas devem contribuir para o desenvolvimento das lavouras de soja e também no plantio do milho”, comenta a meteorologista Nadiara Pereira. 

Por outro lado, o excesso de volume em um curto período de tempo pode trazer perdas pontuais em algumas áreas produtoras. “O algodão é uma cultura de clima mais seco e pode ser afetada com o excesso de umidade”, alerta Pereira. 

Leia a notícia na íntegra no site Jornal do Tempo

Norte: Chuva intensa ocorre no Tocantins

A frente fria que avança pela costa do Sudeste atua junto à instabilidades do Nordeste espalha a umidade gerada na Amazônia por quase toda a região Norte ao longo desta semana. A previsão da Somar Meteorologia é grandes acumulados a partir desta quinta-feira (09), que devem se concentrar principalmente nos Estados do Pará e Tocantins.

Segundo a meteorologista Nadiara Pereira, a chuva deve beneficiar principalmente as áreas agrícolas do Tocantins, que registraram chuvas irregulares e abaixo da média durante o mês de janeiro. “Os locais que passaram por um período de estiagem, devem voltar a receber precipitações suficientes para a recuperação da umidade do solo até a próxima semana”, comenta.

Leia a notícia na íntegra no site do Jornal do Tempo

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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