Na capital nacional da soja, colheitadeiras correm contra o tempo
Maior produtor brasileiro de soja, o município de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, começou a colheita de soja num ritmo frenético. Até segunda-feira (23), 30% dos 600 mil hectares dedicados à oleaginosa foram colhidos, um volume bem acima da média histórica para o período, que não passa dos 20% no fim de janeiro. A pressa faz sentido. Além do estágio das plantas, que maturaram semanas antes por causa do plantio antecipado, as chuvas que atingiram a região na última semana criaram um enfrentamento direto entre produtores e o tempo.
Há uma semana não para de chover na região Norte do Mato Grosso. O clima só começou a melhorar no fim de domingo (22), quando os produtores aproveitaram as últimas horas do dia para colher o que fosse possível. E a batalha continuou na segunda-feira. As chuvas esparsas, típicas em períodos de neutralidade, como neste ano, fizeram com que, por exemplo, um produtor conseguisse colher 500 hectares em algumas horas, enquanto o vizinho não tenha conseguido tirar o maquinário do galpão.
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