Ministro da Agroindústria da Argentina pede para "esperar" estimativas oficiais sobre as perdas por seca e inundações
A Comissão Nacional de Emergência e Desastre Agropecuário (Cneyda) da Argentina resolveu ontem acompanhar, para depois fazer sua homologação nacional, as declarações de emergência de Buenos Aires, La Pampa e Rio Negro por conta dos incêndios e de Santa Fe por conta das inundações, o que pode resultar em benefícios de crédito.
Com essa situação, a província de Buenos Aires também anunciou a prorrogação por 120 dias do vencimento do imposto imobiliário, tanto o básico quanto o complementar, na planta urbana e rural, nas zonas afetadas por incêndios e inundações.
No encontro da Cneyda, o Ministro da Agroindustria argentino, Ricardo Buryaile, esteve durante quinze minutos e falou sobre a sua viagem às zonas afetadas. Em meio a ministros de províncias e entidades de produtores, disse que o dinheiro disponível no fundo de emergência, de AR$500 milhões, não é suficiente para cobrir os prejuízos. E pediu para "esperar" quando foi cobrado de estimativas sobre as perdas.
Este pedido, na avaliação do jornal La Nación, parece uma válvula de escape, uma vez que consultorias privadas, bolsas de cereais e até mesmo o Governo de Santa Fe já estipularam projeções de perdas.
Ontem, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires estimou que há 770.000 hectares com soja afetados pelos excessos hídricos e 290.000 com risco no milho. A Bolsa de Comércio de Rosário, por sua vez, calculou que a safra total do país terá uma baixa de 5,2 milhões de toneladas.
Tradução: Izadora Pimenta
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