Soja: Mercado trabalha em queda nesta 6ª feira dividindo atenção entre Trump e Argentina
Na sessão desta sexta-feira (20), o mercado internacional da soja voltou a recuar na Bolsa de Chicago. Por volta das 8h15 (horário de Brasília), os principais vencimentos recuavam de pouco mais de 8 pontos, com o março/17 cotado a US$ 10,62 e o maio/17, referência para a safra brasileira, valendo US$ 10,70 por bushel.
Segue o movimento de realização de lucros na CBOT, após a semana agitada e de boas altas que o mercado passou nos últimos dias, e apesar das preocupações crescentes sobre a safra da Argentina, que vem perdendo cada vez mais seu potencial em função das chuvas em excesso. Além disso, a proximidade do final de semana também estimula esse movimento, com os traders frente a algumas incertezas e com as condições de tempo na Argentina trazendo muitas novas informações constantemente.
Para a próxima semana, as previsões já começam a indicar melhores condições, com as chuvas dando uma trégua às áreas afetadas pelas cheias. No entanto, pesquisas recentes mostram que mais de 2 milhões de hectares já foram perdidos. "Com o tempo mais seco na próxima semana, teremos uma visão melhor das perdas", explica o analsita de mercado Joe Lardy, da Country Futures, ao Agrimoney.
Ainda nesta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo reporte semanal de vendas para exportação, o que também pode ajudar a definir melhor a direção das cotações neste pregão. Embora as últimas semanas tenham sido de dados mais fracos, no acumulado da temporada os números são elevados e já há quase 90% do total a ser exportado pelos EUA - 55,79 milhões de toneladas - já comprometidos.
Ao mesmo tempo, porém, o dia pode ser de volatilidade, já que Donald Trump assume a presidência dos Estados Unidos hoje, chegando com algumas incertezase trazendo cautela aos mercados nesta sexta.
"Além de todas as questões relacionadas ao sistema de saúde, relações diplomáticas, aos eleitores favoráveis e contrários, questões eleitorais e hacks, a maior preocupação dos investidores é com a política econômica. Os rasos sinais emitidos por Trump levam em conta protecionismo, tentativa de desvalorização do dólar, política fiscal expansionista e um provável embate com o Federal Reserve", diz o economista chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, em artigo publicado no site da Investing nesta sexta-feira.
Leia mais:
>> Mercados atentos ao TrumpEconomics e o futuro dos emergentes, por Jason Vieira
1 comentário
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geraldo emanuel prizon Coromandel - MG
Não vamos esquecer que em certas áreas na Argentina o problema é a falta de chuvas... Assim, se por uma lado a situação melhora com a trégua das chuvas nas áreas castigadas, por outro, agrava-se ainda mais o problema nas áreas afetadas pela seca.
Agora temos que saber qual tipo de cultura que está sendo afetada pela seca na argentia. Se souber quais por favor comente aqui.
Agora temos que saber qual tipo de cultura que está sendo afetada pela seca na argentia. Se souber quais por favor comente aqui.