Soja se encaminha para final do plantio no Rio Grande do Sul
Com 88% da área projetada para a soja no Rio Grande do Sul já semeada, o plantio se encaminha para a finalização. Nas lavouras de soja já implantadas, a germinação e o desenvolvimento vegetativo apresentam ótimas condições, com plantas sadias e vigorosas. Não há registro de ataques de pragas. De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, na Fronteira Noroeste, em especial na costa do Rio Uruguai, 50% da área de soja está semeada dentro do calendário previsto no Zoneamento Agroclimático; o restante será em final de janeiro de 2017, após a colheita do milho plantado no cedo e que ocupou uma área muito elevada neste ano na região. As áreas que serão semeadas em janeiro são consideradas como safrinha de soja, cujo plantio não pode ser financiado e nem coberto com Proagro.
O feijão 1ª safra apresenta diferentes potenciais produtivos. Nas localidades onde as chuvas foram adequadas, a cultura se encaminha para o enchimento de grãos e maturação. Nos locais de maior déficit hídrico, há redução da capacidade produtiva. Todavia, no geral, o aspecto das lavouras é bom. As áreas semeadas no início de agosto são colhidas, com produtividade considerada boa, de 1.200 a 1.300 kg/ha.
No milho, a situação das lavouras varia de região para região, em função da quantidade de chuvas nas últimas semanas, e em função também do tipo de solo, pois em solos rasos o estresse hídrico é sentido mais rapidamente do que em áreas com solo profundo. No geral, as lavouras apresentam boas condições de desenvolvimento/formação de grãos, com boas perspectivas de produtividade. Técnicos da Emater/RS-Ascar preveem boa oferta de milho já a partir de dezembro, o que pode levar à redução do preço pago ao produtor.
HORTALIÇAS E FRUTAS
Na região das Missões, o calor interfere na produção das hortaliças, mas no geral o desenvolvimento das hortaliças continua bom, em especial em áreas com irrigação e sombrite, havendo uma boa oferta comercial de olerícolas, especialmente das foliosas (alface, repolho), beterraba e cenoura, inclusive com redução de preço pago ao produtor.
No Vale do Rio Pardo, o pepino conserva tem se mostrado uma olerícola bastante expressiva e, em municípios como Venâncio Aires, Mato Leitão e Rio Pardo, entre outros, estão aumentando a área cultivada com esta cultura, com bom desenvolvimento e produção. Nessa fase da cultura e época do ano, os produtores se preocupam com o manejo da irrigação, fato importante para manter índices produtivos satisfatórios.
Pêssego – Na Serra, a colheita da safra atinge seu ápice, caracterizado pela principal variedade cultivada e produzida na região, a Chimarrita. As frutas apresentam razoável melhoria na coloração e calibre médio, com plantas de elevada carga de pêssegos. Boa parte da colheita é estocada em câmeras frias no intuito de melhores propostas de comercialização. O momento é de realização da poda verde, atividade que visa a abertura da copa, intensificando a ventilação e a incidência da luz solar, fatores que agregam sanidade e qualidade das plantas e frutos. Em termos de comercialização, o momento é de apreensão, face à elevada produção, alta oferta e à chegada de outras espécies concorrentes, como a uva.
CRIAÇÕES
Ovinocultura – O estado sanitário do rebanho é bom e é ótimo o desenvolvimento dos animais recém-esquilados, que tendem a ganhar peso e a repor sua condição corporal em poucos dias. Em alguns locais, os produtores que contam com pastagens cultivadas consorciadas de trevos, cornichão e campo nativo estão apresentando bons resultados. Produtores que objetivam vender cordeiros no final do ano estão trabalhando com creep feeding (alimentação preferencial de cordeiros), para maior crescimento e terminação. Alguns produtores já estão engordando cordeiros no cocho.
Embora as chuvas tenham atrapalhado um pouco a esquila dos animais, os trabalhos se aproximam do final, sendo que em muitas propriedades, com rebanhos menores, a esquila foi concluída. Em vários municípios, são coletadas amostras da lã nas propriedades dos produtores que aderiram ao programa de Desenvolvimento e Qualificação da Ovinocultura.
Apicultura - Com a elevada temperatura, as abelhas estão em plena atividade, em especial as campeiras, que trabalham intensamente, o que projeta uma boa safra de mel. Nesta época do ano há floradas expressivas, ricas em pólen, como a da uva do Japão, maria-mole e floração do campo nativo, entre outras, que contribuem para a produção de mel.
As primeiras colheitas de mel mostram uma alta produção de crias nas melgueiras, o que confirma a floração rica em pólen. Nas colmeias bem manejadas, a expectativa é que a produção supere os volumes colhidos nos últimos anos.
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