Produtividade da soja e do milho na Argentina deve ser afetada por clima, diz meteorologista
A Bolsa de Comércio de Rosário conversou com o meteorologista José Luis Aiello há poucos dias do último final de semana, que deixou chuvas pontuais importantes próximas da província de Rosário, na Argentina. O centro-leste de Santa Fe também recebeu chuvas (100mm). As chuvas, no entanto, não alcançaram as áreas com falta de água em Córdoba ou no sudeste de Buenos Aires.
Aiello adverte sobre a mudança no padrão de chuvas neste mês, afirmando que "não vemos mais chuvas que não sejam irregulares e também não há chuvas em grandes extensões". As chuvas, de agora para frente, deverão ter escalas menores, de 100 a 200km de diâmetro de ação. A partir de agora, a característica dos novos eventos de chuvas é que eles tenham uma intensidade muito boa, mas as escalas permanecem inalteradas.
Nos setores do norte do país, que não deverão receber umidade, as produções de soja e milho, portanto, deverão ser afetadas por alguns veranicos, que devem impactar na produção, segundo Aiello.
A respeito da possibilidade de que haja problemas para semear o que resta da soja a nível nacional, o meteorologista explicou que "a distribuição de umidade no solo nos dias de hoje é muito interessante. Há lotes muito alagados, onde o plantio será praticamente impossível e, em outros, muito dificultoso. E também há lotes onde os produtores pedem por água. Precisamente, esta volatilidade é efeito do tipo de sistemas de chuva que estamos tendo e que vai continuar na Argentina. Não veremos mais, ou veremos muito raramente, as chuvas bem distribuídas em grandes extensões".
Com informações do Infocampo.com.ar
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