Com agricultura local incapaz de lidar com demanda, importações chinesas devem continuar subindo, diz economista
A agricultura chinesa será incapaz de lidar com a nova demanda de seu mercado interno, de modo que as importações continuarão a subir, como avaliou o economista John Phelan, do Agrimoney, no AgriRisk Forum.
A economia da China cresce mais rápido do que a população, logo, o PIB per capita deve subir, "mas ainda a um ritmo mais lento", aponta Phelan.
O aumento de renda, para o economista, significará que mais chineses irão mudar sua dieta, passando dos grãos para a proteína animal.
Alimentação extra necessária
A demanda chinesa por produtos provenientes das proteínas animais continuará aumentando, assim como a demanda de alimentos necessários para produzi-los.
A quantidade de ração extra necessária para essa produção, somando também o consumo de Taiwan, seria de 128 milhões de toneladas, um pouco a mais do que a produção total de trigo na China em 2013.
Para reduzir a diferença pela metade até 2025, seria necessário 64 milhões de toneladas de ração, mais do que a produção total de trigo dos Estados Unidos no mesmo ano.
Aumento da demanda por soja
Apesar dos grandes volumes, os recursos agrícolas chineses são limitados, portanto, o país se volta, cada vez mais, às importações para atender suas necessidades. Atualmente, a soja domina as importações chinesas.
"Se a China, maior importadora de soja do mundo, aumentar a produção de soja tanto quanto é esperado, isso atingirá os agricultores dos principais países produtores: Brasil, Estados Unidos e Argentina", disse Phelan.
No entanto, o economista acredita que, dado o grande apetite chinês pela soja e as iminentes falhas na oferta interna, mesmo que as metas de produção sejam atingidas, isso não deverá exercer uma grande pressão de queda para os preços mundiais.
Tradução: Izadora Pimenta
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