No Paraná, produtores estão otimistas com o clima e o desenvolvimento da soja
Para ganhar desempenho na safrinha de milho, os produtores do Paraná adiantaram o plantio da soja para a temporada 2016/17. O calendário está cerca de 10 dias à frente em comparação ao ciclo passado, o que significa que mais de 70% da área destinada a oleaginosa já foi semeada. Segundo a equipe da Expedição Safra, que percorreu as lavouras do estado no final de outubro, os agricultores estão otimistas, mas dependem do clima, principalmente em dezembro, para alcançar o resultado esperado.
No Paraná, grande parte das lavouras está em fase de desenvolvimento. Apesar da ocorrência de dias mais secos, não faltou chuva para evolução do plantio. Quem já semeou a oleaginosa torce agora para que o clima siga estável até o final do ano. “Com o desenvolvimento da safra muito concentrado, as plantas dependem de condição climática favorável em dezembro, no estágio de enchimento dos grãos. Não pode ocorrer um período prolongado de estiagem, para não comprometer a produtividade por hectare”, explica o integrante da Expedição Safra, Antonio Senkovski.
Investimentos
O otimismo dos produtores paranaenses se baseia também nos investimentos feitos para esta temporada. Capitalizados pela venda da safra anterior, quando o milho alcançou preços recordes no mercado interno e externo, os agricultores apostaram em tecnologia. “Os fertilizantes tiveram uma pequena queda no preço e isso favoreceu ainda mais os investimentos. Alguns produtores independentes reclamaram da qualidade das sementes, devido à quebra na safra anterior em algumas regiões produtoras. Mas nas cooperativas, que se organizaram para o ciclo, não houve falta do produto”, ressaltou Senkovski.
A Expedição Safra percorreu as regiões de Londrina, Campo Mourão, Toledo, Cascavel, Guarapuava e Ponta Grossa em visita a cooperativas e produtores de soja e milho. Até meados de novembro, a equipe de técnicos e jornalistas cumpre roteiro pelo Centro-Oeste do país, para verificar o desenvolvimento da safra em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Durante o ciclo 2016/17, o projeto vai visitar 16 estados brasileiros, além do Paraguai, da Argentina e do Uruguai.
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