Sementes geneticamente modificadas representam aumento de 33% na economia do Uruguai
O uso de sementes geneticamente modificadas nos cultivos de soja e milho e o aumento da popularidade do plantio direto, resultou em um crescimento de 33% na economia do Uruguai, considerando o período compreendido entre 2003/04 e 2014/15, segundo revelou um estudo elaborado pela consultora Seragro, divulgado pelo jornal El Observador.
A tecnologia representou um forte impacto no setor produtivo e no setor econômico e não só de forma direta: na forma indireta, gerou entre 20 a 40 mil empregos de qualidade e bem remunerados durante o período analisado.
Durante os 12 anos de estudo, os cultivos com sementes geneticamente modificadas marcaram uma diferença de US$12,077 bilhões com as produções e rendimentos reais em frente a um cenário no qual não havia uso da tecnologia.
O estudo mostra ainda que a adoção desses cultivos implicou em um aumento médio anual de 1,7% no Produto Interno Bruto (PIB) do país entre 2004 e 2015, durante o qual o crescimento médio da economia foi de 5%.
Os cenários estudados pela Seragro consideraram somente dois dos cultivos de maior incidência na agricultura local, como são a soja resistente ao glifosato (RR) e o milho resistente a pragas (Bt).
O uso dessas sementes na soja representou, durante o período analisado, um ingresso adicional de US$4,447 bilhões, frente ao cenário anterior. A maior diferença foi observada no exercício 2012-2013, quando se alcançou uma exportação de US$1,966 bilhões e a diferença em relação ao cenário anterior foi de US$927 milhões.
Para o milho, o aumento foi de US$305 milhões neste período.
Houve, ainda, um forte impacto no cuidado ambiental e dos recursos. Sobresai um melhor controle de erosão, maior recuperação de fertilidade dos solos, menor consumo de combustíveis fósseis e menor impacto sobe a saúde humana, além da redução do uso de herbicidas com maior poder residual, redução de outros agroquímicos e um aumento do uso de água.
Com informações do Infocampo.com.ar
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