Após disparada, soja reduz valorizações, mas mantém tom positivo no pregão desta 2ª feira
Após a disparada no início do pregão desta segunda-feira (24), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) reduziram as valorizações. Por volta das 12h38 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos entre 4,25 e 5,00 pontos. Apenas os contratos março e maio/17 permaneciam acima do patamar de US$ 10,00 por bushel, negociados a US$ 10,03 e US$ 10,09 por bushel, respectivamente. O novembro/16 trabalhava a US$ 9,87 por bushel.
De acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a demanda continua como principal fator de suporte aos preços no mercado internacional. "Tivemos a China comprando o produto americano na semana passada. E também temos acompanhado os bons números dos embarques semanais, reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)", afirma o consultor.
Outro fator que também tem contribuído para a firmeza do mercado é a retração nas vendas por parte dos produtores americanos. "Não tem vendedor no mercado nesse momento. Os agricultores esperam um valor próximo de US$ 10,50 por bushel para negociar o produto e ter rentabilidade", explica Brandalizze.
Por outro lado, a oferta também permanece sendo acompanhada pelos investidores. Os produtores americanos seguem com a colheita no país. Até a semana passada, cerca de 62% da área já havia sido colhida, conforme números oficiais. O departamento americano atualiza as informações no final da tarde desta segunda-feira.
"O tempo na América do Sul será observada de perto em meio ao plantio da soja, especialmente no Brasil", reportou o Agrimoney.com. "O clima tem sido fraco, apenas bom o suficiente para manter os trabalhos nos campos ao longo de Mato Grosso. Nas áreas do Sul, principalmente no Rio Grande do Sul, as chuvas recentes poderão atrasar a semeadura da oleaginosa", informou o CHS Hedging.
Portos no Brasil
Apesar da alta mais forte em Chicago, os preços nos portos brasileiros não demonstraram mudanças significativas nesse início de semana devido à queda registrada no dólar. No terminal de Rio Grande, o valor da saca disponível estava em R$ 74,50, com alta de 0,68%. Já o preço futuro estava em R$ 77,70 a saca, com ganho de 0,26%.
Enquanto isso, o dólar era cotado a R$ 3,1309 na venda, com queda de 0,94%. O câmbio acompanha a movimentação negativa da moeda norte-americana ante divisas emergentes, segundo informações da agência Reuters.
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