Soja: Futuros na CBOT fecham em forte alta, sustentado por demanda e clima nos EUA
Os futuros da soja na Bolsa de Chicago fecharam a sessão desta quarta-feira (07) dando continuidade ao movimento de alta observado na sessão anterior. Os principais vencimentos encerraram com valorizações entre 15 a 17 pontos.
O setembro/16 com 17 pontos de alta, sendo cotado a US$ 9,91 por bushel, enquanto que o novembro/16 [referência para a safra norte-americana] fechou com 15 pts de valorização e valor de negociação em US$ 9,75/bushel. Já o janeiro ficou cotado a US$ 9,79 por bushel com mais de 15 pontos de alta.
Segundos analistas internacionais as valorizações de hoje foram motivadas pela forte demanda global, que pode reduzir os estoques dos Estados Unidos. Além disso, há a preocupação com as previsões de chuvas no cinturão produtivo norte-americano.
Ao site internacional Agrimoney, o corretor de futuros de Chicago, Terry Reilly, ressaltou que "os sistemas climáticos estão trazendo chuva das planícies canadenses e do norte dos Estados Unidos, para o coração do meio-oeste.”
Dessa forma, ao mesmo tempo que as precipitações seriam positivas no início da estação de crescimento, agora são vistas com mais preocupação [dada a necessidade de iniciar os trabalhos de colheita], e o fato de que a cultura já está madura e vulneráveis à umidade.
Além disso, "a soja está vendo o apoio de fortes exportações dos EUA, ao mesmo tempo, o mercado avalia o quanto da grande safra dos EUA realmente vai chegar", disse Stefan Vogel, chefe de pesquisa de mercados de commodities agrícolas do Rabobank.
Para ele é preciso acompanhar "se o USDA (Departamento de Agricultura do Estados Unidos, sigla em inglês) vai aumentar suas previsões de exportações de soja no próximo relatório de oferta e demanda, em 12 de setembro", acrescenta.
Os USDA também anunciou nesta quarta duas vendas de exportação, reforçando a forte demanda dela soja norte-americana. Foram 220 mil toneladas para a China e 264 mil/t para entrega em destinos desconhecidos, ambos na campanha de comercialização 2016/2017.
Para o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, o USDA terá que aumentar as exportações e "os estoques finais de soja poderia ir abaixo de 200 milhões de bushels".
Mercado Interno
Em função do feriado de Independência não houve registro de negócios no mercado nacional.
Confira como fechou na terça-feira (5):
Por Carla Mendes
No Brasil, com essa despencada do dólar, os preços voltaram a recuar e as baixas foram apenas amenizadas pelos bons ganhos observados na Bolsa de Chicago. Assim, os negócios no Brasil, que já vinham caminhando a passos lentos e se mostravam bastante travados, mantém esse ritmo e assim devem permanecer frente ao feriado do Dia da Independência no Brasil, que será comemorado nesta quarta-feira, 7 de setembro.
No interior do país, as baixas variaram entre 0,38% - em Jataí/GO, para R$ 65,75 por saca - e 4,11% - Avaré/SP, para R$ 68,39. No entanto, boa parte delas registrou estabilidade na sessão desta terça, ou nem mesmo apresentou referências dada a falta de volume de negócios.
Nos portos de exportação os preços não foram todos pelo mesmo caminho. Em Parananaguá, o disponível subiu 1,25% para R$ 81,00 por saca, enquanto o futuro permaneceu nos R$ 78,00, estável. Já no terminal de Rio Grande, o dia foi negativo. A soja disponível perdeu 1,27% para fechar com R$ 78,00, enquanto o produto da safra nova caiu 1,94% para chegar aos R$ 76,00. Em Santos, estabilidade nos R$ 80,90 por saca.
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