Soja tem dia positivo na Bolsa de Chicago nesta 4ª feira, mas perde força a fecha estável
O mercado futuro norte-americano da soja trabalhou em alta durante todo o pregão desta quarta-feira (3) e fechou o dia próximo da estabilidade, porém, com do lado positivo da tabela. Entre as posições mais negociadas na Bolsa de Chicago, os ganhos ficaram entre 1,25 e 5,25 pontos, com os vencimentos mais próximos subindo mais. Assim, o agosto/16 foi a US$ 9,90 e o novembro/16, referência para a nova safra americana, a US$ 9,55 por bushel.
Como explicou o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, a sessão foi de recuperação após as perdas severas já registradas nesta semana, as quais tiraram importantes patamares de suporte para as cotações.
O dia foi, portanto, de recuperação técnica. E contribuiu ainda para o avanço dos preços ou para limitar eventuais novas baixas, as boas informações vindas da demanda global pela soja norte-americana. De acordo com os últimos anúncios reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), somente no acumulado desta semana, as vendas americanas de soja já passa de 1,3 milhão de toneladas.
"Os Estados Unidos se mostram mais competitivos agora. Com as quebras no Brasil, que vai reduzindo suas exportações por conta da menor oferta, e na Argentina, os compradores vão buscar a oferta americana", afirma Motter.
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O analista da Granoeste, por outro lado, reforça a influência que ainda existe do mercado climático e das perspectivas de uma grande safra vinda dos EUA sobre os preços. A temporada norte-americana ainda não está concluída e, até o momento, dá continuidade ao seu desenvolvimento sob um cenário de clima bastante adequado, o qual tem, inclusive, estimulado consultorias internacionais a revisar suas projeções para a safra americana.
"Eu acredito que as desvantagens que esta safra poderia sofrer já foram quase todas minimizadas. O tempo teria que dar uma virada de 180 graus, começando imediatamente, e se instalar em um padrão bem mais quente e seco para trazer algum impacto negativo para a produção. As altas temperaturas atuais não trazem prejuízos dado os bons níveis de umidade do solo", explica o consultor internacional Michael Cordonnier.
As últimas previsões do tempo indicam que, nos próximos dias, o calor deverá começar a diminuir no Meio-Oeste americano, na medida em que uma nova frente traz mais chuvas para a região. Já nos próximos sete dias, o coração do Corn Belt vê volumes ligeiramente menores de chuvas.
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Mercado Interno
Os preços subiram na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira, porém, perderma parte da força ao longo do dia e os ganhos foram insuficientes para promover altas sustentáveis nas referências para o mercado brasileiro. Assim, as praças de comercialização, entre as principais, que não apresentaram estabilidade, recuaram. Nos portos, a situação foi a mesma.
No interior, as referências de importantes regiões produtoras têm variado de R$ 66,00 a R$ 78,00 por saca, com o mercado ainda se mostrando bastante regionalizado e os produtores aproveitando alguns momentos mais oportunos para a realização de novos negócios.
Já para os terminais de exportação, estabilidade nos R$ 80,00 para o disponível em Paranaguá e queda de 1,76% para R$ 78,00 em Rio Grande. Já no mercado futuro, R$ 78,00 no terminal paranaense, perdendo 0,64%, e estável nos R$ 77,00 no porto gaúcho.
O dólar, ao final do dia, inverteu seu movimento, voltou a recuar e fechou com baixa de 0,77% a R$ 3,2408. Na máxima da sessão, a divisa foi a R$ 3,2928, mas perdeu força. "O dia começou bem desfavorável para os emergentes, mas o petróleo voltou a subir e reviveu a procura por moedas de rendimento alto", resumiu o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues em entrevista à agência de notícias Reuters.
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