Soja em Chicago tem nova despencada nesta 6ª com boas chuvas previstas para os EUA
Os futuros da soja, nesta sexta-feira (22), seguem liderando as baixas entre as commodities agrícolas e cedem mais de 3% na Bolsa de Chicago, deixando para trás o patamar dos US$ 10,00 por bushel entre as principais posições negociadas neste momento. Por volta de 12h30 (horário de Brasília) e com baixas de 38 a 40,50 pontos, o vencimento agosto/16 era cotado a US$ 9,92 e o novembro/16, referência para a nova safra americana, vinha sendo negociado a US$ 9,74 por bushel.
A trégua do mercado internacional durou apenas um dia e as baixas da sessão seguinte são tão intensas quanto as mudanças previstas nos últimos mapas climáticos para o Meio-Oeste americanos. Para as próximas semanas, são esperadas temperaturas mais amenas e mais chuvas para as principais regiões produtoras americanas, reforçando as perspectivas de uma grande safra vinda dos americanos.
"As commodities soja e milho seguem totalmente influenciadas pelas previsões climáticas favoráveis ao Cinturão de Produção norte-americano, cujos mapas mostram melhores cnahces de chuvas nos próximos 15 a 16 dias", explica Andrea Cordeiro, analista de mercado da Labhoro Corretora.
Chuvas previstas nos EUA entre os dias 29 de julho a 4 de agosto ficam dentro da normalidade - Fonte: NOAA
Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 29 de julho a 4 de agosto devem ser mais amenas - Fonte: NOAA
No curto prazo, as condições são semelhantes. Segundo previsões do NOAA, o departamento oficial de clima dos EUA, indica que, nos próximos sete dias, os acumulados de chuvas devem oscilar entre 30 e 50 mm nas Dakotas, Minnesota, sul e nordeste de Iowa, centro-norte e leste do Missouri, Illinois, Indiana, Kentucky e Tennesse. No mesmo intervalo, as temperaturas dessas regiões seguem acima da média.
Previsão de chuvas nos próximos 7 dias nos EUA - Fonte: NOAA
"Sem previsão até o momento de anomalias climáticas para os próximos 30 dias no Meio-Oeste, os fundos gradativamente diminuem suas posições compradas na soja e no milho", complementa Andrea.
Ao lado dos fundamentos climáticos, o cenário macroeconômico, ainda como explica a analista, também favorece as quedas. O dólar index sobe nesta sexta-feira, pressionando as demais commodities e não só as agrícolas, como o petróleo, por exemplo. Em Nova York, o ativo cedia 1,79% para ser cotado, próximo das 13h, a US$ 43,97 por barril.
Mercado Brasileiro
No Brasil, os preços encontravam somente uma pequena alta do dólar comercial para se apoiar, mas ainda assim, insuficiente para limitar uma baixa de mais de 3% nos portos nesta sexta-feira. Em Rio Grande, a soja disponível perdia 3,40% para R$ 79,50 por saca, enquanto o mercado futuro tinha R$ 78,30, perdendo 3,33%.
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