Soja: Com previsão de chuvas nos EUA e aversão ao risco, preços recuam mais de 50 pts nesta 3ª
As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta terça-feira (5) com forte queda. Por volta das 12h34 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam perdas entre 53,25 e 60,75 pontos. O vencimento julho/16 a US$ 11,15 por bushel, enquanto o novembro/16 a US$ 10,76 por bushel.
De acordo com informações reportadas pela analista de mercado da Labhoro Corretora, Andrea Cordeiro, as cotações são pressionadas pela atualização dos mapas climáticos, que indicam um volume maior de chuvas nos próximos 7 dias. "Além disso, também tivemos chuvas ao longo do final de semana prolongado nos EUA, mas em menor intensidade do que o previsto", explica.
Ainda no final de semana, os estados de Kansas e Missouri, as chuvas ficaram próximas de 100 mm. Algumas localidades de Indiana e o centro sul de Illinois receberam precipitações ao redor de 50 mm. Por outro lado, áreas importantes como Iowa não receberam chuvas. As informações são da Labhoro Corretora.
Na semana anterior, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou um incremento de 1% na área plantada com o grão nesta temporada. Com isso, a perspectiva é que os produtores norte-americanos tenham semeado 33,87 milhões de hectares no ciclo 2016/17.
O departamento norte-americano também reportou que 72% das lavouras da oleaginosa apresentavam boas ou excelentes condições até a semana anterior. Em torno de 23% das plantações apresentavam condições regulares e 5% estavam em condições ruins ou muito ruins. As informações serão atualizadas no final da tarde desta terça-feira.
Além disso, as informações vindas do mercado financeiro também contribuem para pressionar as cotações da oleaginosa. "Tivemos algumas preocupações em relação à economia da China e qual será o impacto da possível saída do Reino Unido da Zona do Euro. E sabemos que nas commodities, os fundos de investimentos estão bem comprados e com esse movimento de aversão ao risco eles acabam liquidando suas posições, o que ajuda a pressionar ainda mais os preços. Nessa madrugada, as bolsas da Europa e Ásia caíram", afirma o consultor de mercado da FCStone, Glauco Monte.
O mercado ainda aguarda o boletim de embarques semanais do USDA. Na última semana, Na semana encerrada em 23 de junho, os embarques norte-americanos foram de 272,066 mil toneladas, contra 315,382 mil da semana anterior, dentro do intervalo esperado pelos traders de 190 mil a 380 mil toneladas. No acumulado da temporada, os embarques já somam 44.248,867 milhões de toneladas, contra 47.886,763 milhões da anterior.
Ainda nesta segunda-feira, as bolsas de Chicago e Nova York não funcionaram devido à comemoração do feriado do Dia da Independência, um dos mais importantes nos Estados Unidos.
Portos brasileiros
A forte queda registrada na Bolsa de Chicago (CBOT) já refletiu nos preços praticados nos portos brasileiros. Em Paranaguá, a saca de soja disponível recuou 3,68% e é cotada a R$ 91,50. Já no Porto de Rio Grande, a queda é de 5,38%, com a saca a R$ 88,00.
0 comentário
Soja sobe em Chicago, acompanhando novas e fortes altas do óleo nesta 3ª feira
Volta das chuvas ajuda lavouras de soja em Amambai/RS
Importação de soja pela UE sobe 12% em 24/25 até 1º de dezembro; farelo de soja avança 29%
Chuvas não chegam em bons volumes e com regularidade, atrasando o plantio da soja em Darcinópolis (TO)
Soja sobe em Chicago nesta 3ª feira, acompanhando ganhos generalizados das commodities
Dólar nos R$ 6,00 mantém ampla janela de oportunidade para venda de soja no Brasil