Soja: Mercado inicia semana com novas altas e posições alcançam, nesta 2ª, patamar dos US$ 9,70

Publicado em 18/04/2016 07:36

Ainda com o fôlego das boas notícias da última semana, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltam a subir nesta segunda-feira (18) no mercado internacional. As posições mais negociadas, por volta das 7h15 (horário de Brasília), subiam entre 4,50 e 5,50 pontos, levando os contratos julho e agosto/16 a chegarem aos US$ 9,70 por bushel. Para alguns analistas, os preços nos próximos dias poderiam alcançar os US$ 10,00 e trabalhar para consolidar-se nesse patamar. 

As informações vindas da frente da demanda são fortes e volta ao foco a conclusão da safra da Argentina aos negócios na CBOT e, paralelamente, as cotações também voltam-se ao andamento do mercado financeiro e das demais commodities que, nesta segunda-feira, acompanham a soja e também atuam em campo positivo. 

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

Soja em Chicago fecha acima de US$ 9,50 e tem força para subir mais na semana que vem

As cotações da soja em Chicago encerraram a sexta-feira (15) registrando mais um movimento de alta. O primeiro vencimento Maio/2016 fechou com 6 pontos de alta a US$ 9,54/bushel, Julho/2016 subiu 6,75 pontos cotado a US$ 9,63/bushel e o Setembro/2016 fechou com ganhos de 5,75 pontos  e negócios a US$ 9,63/bushel.

A alta foi motivada por uma série de notícias positivas para os preços, tanto do lado da oferta quanto da demanda.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 132 mil toneladas de soja para a China. Mas as compras chinesas foram muito além disso. Segundo Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting de Curitiba-PR,  "a China foi responsável por um volume de negócios em torno de 500 mil toneladas só nesta sexta-feira (15), resultado de compras que ocorreram nos EUA, Brasil e Argentina, simultaneamente".

Nessa semana, dados divulgados pela Administração Geral de Alfândega daquele país já mostravam uma robusta demanda chinesa nesses primeiros meses de 2016 . Segundo o órgão, em março a China comprou 6,1 milhões de toneladas, 36% a mais do que em março de 2015 e nos três primeiros meses do ano,  16,26 milhões de toneladas , alta de 4% sobre o primeiro trimestre do ano passado.

Ainda do lado da demanda, a notícia de que os processadores de soja norte-americanos aumentaram o ritmo de esmagamento em março, marcando o segundo mês de março mais movimentado já registrado, foi também uma boa indicação. A informação foi repassada pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos Estados Unidos (Nopa, na sigla em inglês) .

A Nopa disse que seus membros processaram 4,26 milhões de toneladas (156,69  milhões de bushels), ante 3,98 milhões de toneladas (146,18 milhões de bushels) durante fevereiro.

Do lado da oferta, o risco de perdas na safra Argentina também pesou. A produção de soja naquele país poderá recuar até 3 milhões de toneladas caso as chuvas continuem, estimou o Serviço de Previsão Independente para Oleaginosas, Óleos e Alimentos, Oil World. A Bolsa de Comércio de Rosário também já projeta uma redução na produção da cultura nesta safra.

De acordo com o relatório do Serviço de Previsões "aproximadamente 2 a 3 milhões de toneladas de soja argentina estão em risco de se perder com inundações", disse Oil em seu relatório divulgado pelo site internacional Agrimoney.

Do lado financeiro , a perspectiva de que os juros nos EUA não terão novos ajustes , faz a moeda americana ter pouco fôlego em relação às demais moedas que compõem o índice dólar e isso acaba estimulando os investidores a participarem mais do mercado de commodities, em especial, as agrícolas. 

Com todo esse cenário favorável, Brandalizze acredita que ainda na próxima semana, poderemos ver os vencimento mais longos em Chicago , atingindo os US$ 10,00/bushel. "Uma oportunidade para aqueles que ainda precisam fazer as trocas de insumos para a próxima safra". Para aqueles produtore que ainda têm soja na mão e não precisam fazer caixa para os próximos dias, a dica é aguardar um pouco mais, pois "o mercado ainda tem toda a safra dos EUA sob influência de um clima pautado pelo La Niña". 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário