Soja: Mercado em Chicago caminha de lado e opera estável nesta manhã de 5ª

Publicado em 21/01/2016 06:38

Os preços da soja praticados na Bolsa de Chicago operam com estabilidade no pregão desta quinta-feira (21). Os principais vencimentos, por volta das 7h30 (horário de Brasília), perdiam entre 1,25 e 1,75 pontos, todos atuando na casa dos US$ 8,70 por bushel. 

O mercado internacional, até ver algumas especulações se tornarem fatos concretos, deve seguir operando de lado, segundo explicam analistas. Os traders parecem buscar um melhor posicionamento à espera da definição da safra do Brasil, da demanda pela soja norte-americana, e se mantêm ainda sensíveis ao nervosismo do mercado financeiro internacional. 

E nesta quinta, as bolsas asiáticas voltaram a recuar, bem como o petróleo, que novamente opera abaixo dos US$ 29,00 por barril em Nova York. Nesta quarta, porém, o brent nos EUA chegou a operar abaixo dos US$ 27,00 pela primeira vez desde 2003, trazendo ainda mais pânico aos investidores que, como explicam analistas ouvidos pelo G1, "estabeleceram uma nova rodada de pânico e compra de opções baixistas". 

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja: Com melhores oportunidades de preços no Brasil, Chicago fecha em baixa nesta 4ª feira

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago ampliaram suas baixas na sessão desta quarta-feira (20) e fecharam o dia com perdas entre 7,50 e 9,50 pontos entre os principais vencimentos, com as primeirasposições, inclusive, perdendo o importante patamar dos US$ 8,80 por bushel. O contrato maio/16, que é referência para a safra do Brasil, terminou os negócios valendo US$ 8,74.

"Mais uma sessão com preços pressionados. Percebemos uma movimentação mais nervosa em todos os ativos, principalmente os financeiros, trazendo um reflexo para as commodities, e para a soja especificamente. Mas pudemos perceber que o que mais influenciou na movimentaão de hoje foi a movimentação comercial no Brasil com a puxada do dólar", explica o analista de mercado Stefan Tomkiw, do banco internacional Société Générale.

A moeda norte-americana fechou em alta frente à brasileira nesta quarta-feira com R$ 4,1050, subindo 1,24% e depois de bater na máxima do dia de R$ 4,1306. O andamento da divisa, segundo explicam analistas, também veio como um reflexo do mau humor nos mercado externos, e garantiu mais um dia de altas para os preços da soja no Brasil.

No porto de Rio Grande, o mercado disponível chegou aos R$ 87,00 ao longo do dia, porém, perdeu ligeiramente sua força e fechou estável nos R$ 86,50 por saca, enquanto em Paranaguá foi registrada uma alta de 1,20%  para R$ 84,00. Nos dois terminais, respectivamente, os preços do produto da nova safra também subiram 1,20% e 0,64% para R$ 84,00 e R$ 81,50.

"O mercado enxergou uma janelinha de oportunidade para algumas fixações, trazendo uma pequena pressão vendedora", explica Tomkiw. Além disso, o mercado também espera vendas para exportação dos EUA mais fracas no próximo boletim semanal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o que também pesou sobre as cotações.

Para o analista, o mercado de Chicago deve se manter ainda lateralizado nas próximas semanas, ou seja, caminhando de lado na medida em que sente o estímulo que vem, principalmente da demanda, porém, ainda refletindo as especulações sobre a safra do Brasil e, principalmente a maior competitividade da oferta brasileira neste momento. Assim, as principais posições, para Tomkiw, têm boas chances  de continuar oscilando no intervalo de US$ 8,60 a US$ 8,90.

Preços no Interior

No interior do Brasil, as cotações fecharam o dia com estabilidade na maior parte das praças de comercialização. A exceção ficou por conta de São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul, onde o preço caiu 2,78% para R$ 70,00, ao passo em que Jataí, em Goiás, alta de 1,13% para R$ 67,00 por saca.

Nas praças do Rio Grande do Sul e Paraná, os preços ainda oscilam na casa dos R$ 72,00 a R$ 75,00, enquanto em Mato  Grosso variam entre os R$ 69,00 e R$ 70,00 por saca.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário