Soja: mercado calmo e com leve recuperação nesta terça-feira em Chicago

Publicado em 22/12/2015 08:18

As cotações da soja em Chicago trabalham com leves altas na manhã desta terça-feira (22) e recuperam parte das perdas do pregão anterior. Por volta das 9h (Brasília) o contrato Jan/16 registrava alta de 2,5 pts cotado a US$ 8,93/bushel . Março/16 subia 2,25 pts. com negócios a US$ 8,93/bushel e o Maio/16 valia US$ 8,99/bushel com alta de 2,25 pts.

Investidores ainda estão bastante confusos e receosos em relação ao que vai acontecer, principalmente, com a oferta do grão. As notícias do clima irregular impactando lavouras de sul a norte do Brasil ainda não são suficientes para gerar um clima de preocupação em Chicago, que incentive os operadores a movimentar de forma mais agressiva o mercado. Por outro lado, operadores aguardam os resultados práticos das medidas adotadas na Argentina para incentivar as exportações, com redução de impostos e mudanças na política cambial daquele país. A expectativa inicial é de um aumento na oferta global, com maior participação dos produtores argentinos que vinham segurando as vendas e estocando volumes que , na visão dos analistas, pode variar de 12 milhões a 20 milhões de toneladas. Toda essa soja poderia chegar ao mercado internacional ainda no primeiro trimestre.

Além das dúvidas sobre a melhor operação, o mercado em Chicago já trabalha em ritmo de festas de final de ano. O vencimento mais procurado que é  Março/16 tem volume de negócios inferior a 7 mil contratos na manhã desta terça-feira(22).

Veja o fechamento do mercado da soja em Chicago no dia anterior:

Os contratos futuros da soja na CBOT encerraram a segunda-feira (21) com leves quedas, após uma sessão de muita oscilação entre os lados positivo e negativo. O vencimento Março/16, contrato de maior volume de negócios no dia, oscilou entre as máximas e as mínimas, cerca de 10 pontos.

No final do dia Jan/16 fechou cotado a US$ 8,90 com queda de 2 pts. Março/16 encerrou a US$8,90 e também com baixa de 2 pts. Maio/16 regitrou recuo de 2 pts e negócios a US$ 8,96 e Julho/16 fechou a US$ 9,02 com queda de 1,75 pts. 

No pregão noturno as cotações chegaram a registrar alta com especulações de que os problemas climáticos no Brasil, especialmente a irregularidade das chuvas no Mato Grosso, principal produtor de soja do país, trariam investidores de volta às compras ou que os atuais preços baixos da commodity atrairiam novos compradores.

Mas segundo sites internacionais, os preços do grão voltaram a cair ao longo do dia com temores de que as vendas da soja Argentina aumentariam após a redução dos impostos de exportação e o fim do controle cambial naquele país, fatores que ajudariam a melhorar a competitividade de grãos e oleaginosas argentinos.

O mercado segue atento à movimentação dos produtores argentinos após a desvalorização do peso/dólar de 27% na semana passada. Segundo informações no Blog da Agrinvest,corretora de Curitiba-PR, o governo argentino fez acordo com tradings equivalente a vendas de $400 milhões por dia ao longo das próximas semanas a fim de garantir oferta de dólares ao BC.

Estima-se estoques de milho em 10 milhões de toneladas na região dos Pampas e 13 milhões de soja nas mãos dos produtores que deverão liquidar parte antes do início da colheita prevista para meados de abril. A média de vendas em novembro ficou abaixo de $35 milhões dia.

Para o consultor e analista de mercado, Ênio Fernandes, os fundamentos frágeis de hoje não foram capazes de mudar o mercado que seguirá trabalhando no intervalo entre US$8,60/bushel a US$9,00/bushel, enquanto não chegar a uma definição sobre a quebra na safra brasileira. Além disso, o mercado está esperando por um posicionamento mais consistente dos produtores norte-americanos sobre o plantio da próxima safra nos EUA. Tanto um quanto outro assunto só terá definição daqui , pelo menos, 4 semanas.

Até lá, o mercado deve tentar buscar novos patamares de preços, mas irá esbarrar em fatores técnicos e muitas indefinições.

Mercado interno

No interior, os preços tiveram pouca alteração com a total ausência de vendedores no mercado. Nem a alta do dólar de quase 2 por cento, acima de 4 reais pela primeira vez em mais de dois meses e meio, com investidores decepcionados com a ida de Nelson Barbosa ao Ministério da Fazenda e com a ausência de sinalizações mais contundentes de rigor fiscal em seu discurso, foi capaz de animar o produtor rural.

O clima no Brasil ainda é de dúvidas sobre o potencial de produção da próxima safra de soja, com os problemas verificados nas principais regiões produtoras. Em Mato Grosso, por exemplo, já existem produtores sem saber se vão conseguir entregar aquilo que havia sido contratado antecipadamente. 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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