Safra no Brasil e exportações Argentinas são discutidas em Chicago e soja encerra com leves baixas

Publicado em 21/12/2015 16:49

Os contratos futuros da soja na CBOT encerraram a segunda-feira (21) com leves quedas, após uma sessão de muita oscilação entre os lados positivo e negativo. O vencimento Março/16, contrato de maior volume de negócios no dia, oscilou entre as máximas e as mínimas, cerca de 10 pontos.

No final do dia Jan/16 fechou cotado a US$ 8,90 com queda de 2 pts. Março/16 encerrou a US$8,90 e também com baixa de 2 pts. Maio/16 regitrou recuo de 2 pts e negócios a US$ 8,96 e Julho/16 fechou a US$ 9,02 com queda de 1,75 pts. 

No pregão noturno as cotações chegaram a registrar alta com especulações de que os problemas climáticos no Brasil, especialmente a irregularidade das chuvas no Mato Grosso, principal produtor de soja do país, trariam investidores de volta às compras ou que os atuais preços baixos da commodity atrairiam novos compradores.

Mas segundo sites internacionais, os preços do grão voltaram a cair ao longo do dia com temores de que as vendas da soja Argentina aumentariam após a redução dos impostos de exportação e o fim do controle cambial naquele país, fatores que ajudariam a melhorar a competitividade de grãos e oleaginosas argentinos.

O mercado segue atento à movimentação dos produtores argentinos após a desvalorização do peso/dólar de 27% na semana passada. Segundo informações no Blog da Agrinvest,corretora de Curitiba-PR, o governo argentino fez acordo com tradings equivalente a vendas de $400 milhões por dia ao longo das próximas semanas a fim de garantir oferta de dólares ao BC.

Estima-se estoques de milho em 10 milhões de toneladas na região dos Pampas e 13 milhões de soja nas mãos dos produtores que deverão liquidar parte antes do início da colheita prevista para meados de abril. A média de vendas em novembro ficou abaixo de $35 milhões dia.

Para o consultor e analista de mercado, Ênio Fernandes, os fundamentos frágeis de hoje não foram capazes de mudar o mercado que seguirá trabalhando no intervalo entre US$8,60/bushel a US$9,00/bushel, enquanto não chegar a uma definição sobre a quebra na safra brasileira. Além disso, o mercado está esperando por um posicionamento mais consistente dos produtores norte-americanos sobre o plantio da próxima safra nos EUA. Tanto um quanto outro assunto só terá definição daqui , pelo menos, 4 semanas.

Até lá, o mercado deve tentar buscar novos patamares de preços, mas irá esbarrar em fatores técnicos e muitas indefinições.

Mercado interno

No interior, os preços tiveram pouca alteração com a total ausência de vendedores no mercado. Nem a alta do dólar de quase 2 por cento, acima de 4 reais pela primeira vez em mais de dois meses e meio, com investidores decepcionados com a ida de Nelson Barbosa ao Ministério da Fazenda e com a ausência de sinalizações mais contundentes de rigor fiscal em seu discurso, foi capaz de animar o produtor rural.

O clima no Brasil ainda é de dúvidas sobre o potencial de produção da próxima safra de soja, com os problemas verificados nas principais regiões produtoras. Em Mato Grosso, por exemplo, já existem produtores sem saber se vão conseguir entregar aquilo que havia sido contratado antecipadamente. 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

    Os agricultores das áreas secas podem ficar tranquilos. Somente daqui a 4 semanas é que os prejuízos vão ser definitivos. Ahh! vão chupar prego até virar tachinha. Estão fazendo de tudo para esconder o tamanho das perdas no Brasil. Daqui a 4 semanas divulgam uma estimativa de plantio nos EUA baseado na fumaça do cigarro de maconha que fumaram. Este tipo de canalha que define o preço de nosso produto. Que as entidades representativas divulguem oficialmente a estimativa de safra dos estados atingidos. Os preços tem que subir para amenizar as perdas. Temos que peitar estes canalhas mentirosos.

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    • Telmo Heinen Formosa - GO

      Infelizmente a culpa destas coisas não é dos Charlatões. A culpa é dos que acreditam nas charlatanices. Ainda mais hoje em dia que há 13 anos estão produzindo inocentes úteis em quantia.

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