Chicago: Soja e milho ampliam ganhos à espera do novo boletim do USDA nesta 4ª feira

O mercado internacional da soja, na sessão desta quarta-feira (9), foi ganhando um pouco mais de força ao longo dos negócios e à espera de novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que serão reportados logo mais, às 15h (horário de Brasília). Os contratos mais negociados, por volta das 13h10, subiam mais de 5 pontos, levando o julho/16 a se aproximar novamente dos US$ 9,00, cotado a US$ 8,96 por bushel. 

E a reação no mercado do milho na Bolsa de Chicago era bastante parecida. As posições mais importantes do cereal subiam entre 1,50 e 3,25 pontos, depois de começar o dia caminhando de lado e sem uma direção bem definida à espera do reporte do departamento norte-americano. O vencimento dezembro era cotado a US$ 3,73 por bushel. 

"Os futuros dos grãos operam em alta nesta quarta-feira, com um posicionamento antes do novo boletim de hoje do USDA. Não esperadas grandes mudanças para esse reporte de dezembro nos estoques, já que o governo aguarda até janeiro para revisões mais expressivas", explica Bryce Knorr, analista de mercado e editor do site internacional Farm Futures. 

As expectativas para os estoques finais de soja e milho, tanto dos EUA quanto mundiais, oscilam em uma faixa bem próxima dos últimos números de novembro. A média esperada para a soja norte-americana é de 12,68 milhões de toneladas, contra 12,66 milhões de novembro. No milho, a média das expectativas é de 44,94 milhões de toneladas frente as 44,17 milhões do mês passado. 

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Ao mesmo tempo, a influência do humor no mercado financeiro também se mostra bastante presente nos últimos dias e não é diferente nesta quarta-feira, ainda de acordo com o analista internacional. "Com o Federal Reserve propício a aumentar as taxas de juros nos EUA na próxima semana pela primeira vez desde 2006, a corrida pelo dólar e o impacto em outras commodities pode ser importante. Porém, hoje, a moeda americana está em queda e dá suporte aos mercados do ouro e do petróleo", completa. 

Dólar e preços da soja no Brasil

No Brasil, o dólar, por volta das 13h40 (Brasília), perdia mais de 2% e era negociado a R$ 3,73, após superar os R$ 3,80 na sessão anterior. Segundo noticiou a Reuters, a rejeição da chapa governista para a comissão especial que cuidará do processo de impeachment na Câmara dos Deputados foi bem recebida pelo mercado. E esse movimento se estendeu mesmo depois que Edson Fachin, ministro do STF, suspender temporariamente a formação da comissão. 

"O mercado está focando na leitura de que os acontecimentos de ontem são uma derrota para o governo, o que seria positivo para o mercado financeiro", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa à agência de notícias. "Mas ainda é muito cedo, muito precoce fazer uma avaliação de médio prazo. A volatilidade vai ser alta".

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No dia marcado por incertezas e pela espera de novos números no front internacional, os portos brasileiros acabaram perdendo sua referência de preços nesta quarta-feira. Tanto a soja disponível quanto a da nova safra não contavam com um valor médio de referência para os negócios.