Argentina: começa votação para definir sucessor de Cristina Kirchner (Folha de S. Paulo)

Publicado em 20/11/2015 15:04
Soja: Plantio ganha velocidade, depois das fortes chuvas (Notícias Agrícolas)

Os colégios eleitorais da Argentina abriram neste domingo para um segundo turno inédito da eleição presidencial que definirá quem assume a Casa Rosada após doze anos de governo kirchnerista.

Os centros de votação abriram às 8h (9h em Brasília) e fecharão às 18h (19h em Brasília). Segundo o diretor eleitoral argentino, Alejandro Tullio, os primeiros resultados serão divulgados a partir das 19h30 (20h30 de Brasília) e a expectativa é que o vencedor seja conhecido às 22h30 (23h30 de Brasília).

Assim como no primeiro turno, realizado em 25 de outubro, 32 milhões de argentinos estão convocados às urnas para escolher entre o conservador Mauricio Macri, candidato da coalizão opositora Mudemos e favorito nas pesquisas, e o peronista Daniel Scioli, da governante Frente para a Vitória.

  AFP  
Mauricio Macri (à esq.) e Daniel Scioli, que se enfrentam no segundo turno argentino
Mauricio Macri (à esq.) e Daniel Scioli, que se enfrentam no segundo turno argentino

 

É a primeira vez que os argentinos participam de um segundo turno presidencial desde a implementação deste sistema, em 1994.

A oposição de centro-direita tem sua melhor chance em mais de uma década de tirar a Presidência dos peronistas e estabelecer um rumo diferente para a economia do país. Cristina Kirchner, que sucedeu seu marido Néstor Kirchner (1950-2010) na Casa Rosada, é reverenciada pela população mais pobre por seus programas assistencialistas, mas criticada por empresários pelo controle estrito da economia.

Como a lei eleitoral argentina não permite um terceiro mandato consecutivo, ela deixa a Presidência a partir de 10 de dezembro.

Mais de 100 mil soldados das forças de segurança argentinas foram acionados para garantir a segurança das eleições. Cada um dos partidos terá cerca de 13,5 mil fiscais monitorando o pleito.

CANDIDATOS

Nascidos na política nos anos 1990, com paixão pelo futebol e pela alta sociedade, Macri e Scioli representam uma nova geração no topo do poder no país.

Sem passagem por movimentos de resistência na ditadura militar nem na redemocratização, não são conhecidos por defenderem ideologias e já eram famosos (e ricos) antes da política.

Filhos de empresários, estudaram em escolas que preparam a elite do país: Scioli na Carlos Pelegrini e Macri na Cardenal Newman. Ingressaram na política depois dos 40.

Ambos são diferentes de Cristina porque admitem falhas em suas gestões (Macri na capital, Scioli na província de Buenos Aires). Outra marca comum é o retorno do poder a dois habitantes de Buenos Aires, após presidentes vindos de Santa Cruz (Kirchner) e La Rioja (Menem).

 

Plantio da soja chega a 30,9%; projeção de 19,8 mi de hectares

Apesar das chuvas, o plantio da soja avançou e chegou a 30,9% da área prevista para essa temporada na Argentina. Na semana anterior, o índice estava em 20% e no mesmo período do ano anterior, o percentual cultivado era de 30,4%. As informações foram divulgadas pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires nesta sexta-feira (20).

Ainda no boletim, a bolsa destacou que é possível que haja uma recuperação de áreas inicialmente abandonadas no país, mesmo frente aos rumores de que regiões norte e sul de produção, onde as chuvas excessivas desde o mês de outubro podem comprometer a retomada do plantio. Nesta safra, a projeção é que sejam cultivados 19,8 milhões de hectares, uma queda de 1% em relação à temporada 2014/15.

Em seu último boletim, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou a safra argentina de soja em 57 milhões de toneladas. Um recuo de 6,25% em comparação com o ciclo anterior.

Além da safra, os investidores também estão atentos ao segundo turno das eleições presidenciais no país. A população vai às urnas neste domingo (22), escolher entre Daniel Scioli, candidato da presidente Cristina Kirchner e Maurício Macri, candidato da oposição.

"Ambos os candidatos se comprometeram a cortar os impostos e a burocracia sobre as exportações de culturas, o que implica em aumento de lucros aos produtores rurais", ressalta o site internacional Agrimoney. Os analistas ainda destacam que, caso as medidas sejam confirmadas, a Argentina poderá se tornar competitiva no mercado internacional.

"Os agricultores argentinos têm acumulado significativos estoques [soja] para fins de cobertura de risco de inflação e poderia ser incentivados a vender como ambos os candidatos prometem baixar as tarifas de exportação do grão", informou o Goldman Sachs essa semana.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas / Folha

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