Soja intensifica as baixas em Chicago, tem perdas de dois dígitos e opera abaixo dos US$ 9

Publicado em 21/08/2015 12:07

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago vem intensificando suas perdas registradas na sessão desta sexta-feira (21) e já registravam perdas de dois dígitos. O mercado está devolvendo as boas altas registradas ontem, segundo explicam analistas e, novamente, perdia o patamar dos US$ 9,00 por bushel. Assim, por volta de 12h (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam entre 12,75 e 13,50 pontos, com o novembro/15 cotado a US$ 8,93, enquanto o março/16 valia US$ 8,97. 

De um lado, o mercado aguarda pelo desenvolvimento e conclusão da nova safra dos Estados Unidos e acompanha o desenvolvimento do clima no país. De outro, os traders seguem acompanhando o desenvolvimento do mercado financeiro, principalmente as informações que chegam da China. 

"A soja opera com baixas ainda modestas nesta sexta-feira, acompanhando os índices acionários da China e também os futuros do petróleo", disse Bryce Knorr, analista de mercado e editor do site internacional Farm Futures. 

Nesta sexta, os mercado acionários asiáticos voltaram a recuar frente a dados fracos sobre a indústria chinesa. Uma pesquisa, segundo noticiou a Reuters, mostrous que as fábricas do país contraíram em um ritmo mais fraco do que o registrado em 2009, quando se instalou uma crise econômica mundial. A informação chegou impactando, principalmente, na busca dos investidores por ativos mais seguros, deixando outros mais sensíveis. Nessa semana, as bolsas chinesas á acumulam uma baixa de quase 12%. 

E frente a isso, o dólar já operava em alta hoje, subindo 1,16% perto de 12h (Brasília), valendo R$ 3,492. Apesar disso, os preços nos portos seguiam apresentando estabilidsde nesta sexta, uma vez que, ao contrário do que aconteceu ontem, as baixas em Chicago neutralizavam o avanço da moeda americana.

Em Rio Grande, a soja disponível trabalhava com R$ 77,30 por saca, enquanto a futura era negociada a R$ 77,50. Em Paranaguá, os preços eram de R$ 76,00 e R$ 75,00 por saca, respectivamente. Os negócios seguem parados, porém, ainda com os vendedores retraídos e aguardando novas oportunidades que possam compensar a volta ao mercado. 

Demanda 

Por outro lado, o mercado também recebeu as informações das importações de soja da China em junho que apontataram para números recordes, mas acabaram não ganhando o peso merecido. A nação asiática, no último mês, adquiriu 9,5 milhões de toneladas e essa foi a primeira vez na história que o volume desembarcado no país superou os 9 milhões em um único mês, como informou a Reuters. Os dados partem da Administração Geral da Alfândega. 

A chegada dos números deixou claro a concentração da demanda chinesa na América do Sul, uma vez que foram compradas 6,37 milhões de toneladas do Brasil, registrando um aumento de 22,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, e 2,28 milhõe de toneladas da Argentina, 43,9% a mais do que em julho de 2014.

Ainda de acordo a Reuters, um analista do Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China (CNGOIC) disse que "a América do Sul irá dominar a oferta até pelo menos setembro" e que os compradores, até esse momento, ainda não cobriram suas necessidades de consumo para os meses de outubro e novembro. 

Leia mais:

>> Importação de soja pela China bate recorde em julho com compras da América do Sul

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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