Em Chicago, soja foca números do USDA sobre demanda e opera em alta nesta 6ª
O mercado internacional da soja segue operando em campo positivo nesta sexta-feira (29), porém, no início da tarde começou a ampliar suas altas. Os principais vencimentos, por volta de 12h57 (horário de Brasília), subiam entre 4 e 8 pontos, com os ganhos mais expressivos registrados nas posições mais próximas. Assim, o julho/15 era cotado a US$ 9,34, enquanto o novembro/15, referência para a safra norte-americana, valia US$ 9,06 por bushel.
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago parecem ter reagido bem e encontrado suporte nos números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre as vendas semanais para exportação dos Estados Unidos. Além disso, a instituição trouxe ainda o anúncio de uma nova venda da safra 2015/16, também contribuindo para o avanço das cotações.
As vendas norte-americanas de soja somaram 377,5 mil toneladas, contra 243 mil da semana anterior na semana que terminou em 21 de maio. O mercado esperava algo próximo de 420 mil toneladas. As operações da safra 2014/15 somaram 322,4 mil toneladas, contra 165,5 mil da semana anterior, com a China como principal destino, e as da safra 2015/16 55,1 mil, frente as 77,5 mil da semana anterior e o Japão liderando as compras.
Assim, com esse total, o acumulado de vendas no ano comercial 2014/15 sobe para mais de 50 milhões de toneladas - 50.124,3 milhões - superando a última projeção do USDA para toda a temporada de 48,99 milhões de toneladas.
O departamento norte-americano reportou também as vendas de 123,7 mil toneladas de farelo de soja da safra 2014/15, contra 103 mil da semana anterior, e mais 120,3 mil da safra 2015/16. Com esses números, o total das vendas da safra velha passa a ser de 10.520,9 milhões, contra a projeção do USDA para o ano comercial de 11,61 milhões de toneladas.
O USDA trouxe ainda a venda de 9,2 mil toneladas de óleo de soja, contra as 9,9 mil da semana anterior. A República Dominicana foi a principal compradora do derivado. Assim, o acumulado na temporada 2014/15 passa a 704,8 mil toneladas. O estimado para a temporada é de 860 mil toneladas.
Paralelamente, o mercado segue acompanhando o bom desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos e as informações, principalmente, sobre o comportamento do clima nas principais regiões produtoras do
país.
Até o momento, tudo corre dentro do previsto. Já há pouco mais de 60% da área semeada com a oleaginosa, as condições climáticas são favoráveis e, assim, a reação do mercado, segundo analistas, acaba sendo limitada. Porém, como explica o analista da Agrinvest, Eduardo Vanin, o aumento da diferença entre os valores praticados nos vencimentos julho e novembro indicam as perspectivas de uma boa safra vinda dos Estados Unidos.
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