Soja espera novos números do USDA e registra mais uma sessão de estabilidade na CBOT nesta 5ª
Os futuros da soja operam com estabilidade na manhã desta quinta-feira (26) na Bolsa de Chicago. O mercado dá continuidade ao movimento dos últimos dias e nesta sessão, por volta das 7h40 (horário de Brasília), as cotações operavam com ligeiros ganhos de 0,75 a 2 pontos entre os principais contratos.
Ainda segundo analistas e consultores, os negócios devem seguir caminhando de lado a medida em que os investidores se mantêm mais na defensiva ao esperar pelos relatórios que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no dia 31 de março. Um deles trata dos estoques trimestrais no dia 1º deste mês no país e o outro, e mais aguardado, as primeiras projeções oficiais para a área de plantio da temporada 2015/16.
Para a soja, espera-se um aumento de área, de acordo com consultorias privadas e, para o milho, uma redução de mais de 2%. Os analistas afirmam que a chegada desses números poderia direcionar melhor os preços para a nova safra, aliados ao foco dos investidores nas condições climáticas no Meio-Oeste americano e ao desenvolvimento da safra por lá.
Hoje, o USDA traz ainda sua atualização dos números das vendas semanais para exportação e os dados poderiam trazer um impacto pontual sobre o andamento do mercado.
No Brasil, as cotações têm acompanhado de perto o andamento da taxa cambial. Ontem, com a retomada do dólar e alta de mais de 2% frente ao real, os preços da soja voltaram a subir nos portos e no interior do país. Rio Grande fechou com R$ 73,40 por saca, entrega maio/15.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Soja fecha o dia com preços em alta nos portos brasileiros após avanço de mais de 2% do dólar
Os preços da soja voltaram a subir no Brasil nesta quarta-feira (25). A alta de mais de 2% do dólar frente ao real, após três sessões consecutivas de baixas, foi, mais uma vez, fator determinante para o avanço das cotações e esse tem sido o componente protagonista para a formação dos valores no mercado brasileiro.
A moeda americana fechou o dia em R$ 3,2034 e, com isso, no porto de Rio Grande, o último preço do dia foi de R$ 73,40 por saca do produto entregue em maio/15, enquanto a soja disponível teve alta de 1,56% para R$ 71,80. Em Santos e Paranaguá, houve um ligeiro recuo, para R$ 70,80 e R$ 70,50 e, apesar da baixa, ainda sustentam o patamar dos R$ 70,00.
No interior do país, algumas praças também apresentaram altas significativas, de pouco mais de 0,9%, por exemplo, em São Gabriel do Oeste/MS e em Tangará da Serra/MT. As demais localidades não apresentaram oscilações, salvo Não-Me-Toque/RS, onde a cotação caiu 1,59% para R$ 62,00.
Dólar - A alta do dólar foi motivada por fatores internos, porém, notícias externas intensificaram a volatilidade da sessão nesta quarta-feira. Na noite desta terça-feira (24), o Banco Central anunciou que não irá renovar seu programa de swaps cambiais a partir de abril e esse foi um dos fatores de estímulo para a divisa.
"São 2 bilhões de dólares que o BC deixa de injetar no mercado por mês, então nós vamos ter de contar com fluxo positivo para ver um alívio no câmbio. Isso vai ser sentido na tendência do dólar nas próximas semanas, mas a decisão em si já era mais ou menos esperada", disse o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater à agência Reuters.
Na cena externa, o dólar chegou a perder força frente a outras moedas, principalmente depois de alguns dados da economia norte-americana.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago, o mercado registrou mais um dia de estabilidade. Investidores buscam garantir um bom posicionamento antes da divulgação dos novos números que o USDA traz no final deste mês sobre os estoques trimestrais norte-americanos em 1º de março e, principalmente, sobre a intenção de plantio para a safra 2015/16.
Os futuros da oleaginosa fecharam o dia perdendo entre 3 e 5 nos principais vencimentos, com o maio/15, referência para a safra brasileira, encerrando os negócios a US$ 9,82 por bushel.
O mercado aposta em um aumento da área de soja nos EUA apontada no final do mês e, caso isso se confirme, os preços poderão ceder, segundo o consultor de mercado Ênio Fernandes. Para ele, a área cultivada com soja deverá ocupar perto de 35,5 milhões de hectares, contra 33,87 milhões da temporada anterior.
Dessa forma, pelos próximos 60 dias, o mercado internacional deverá se focar na absorção e entendimento desses números, fazendo seus cálculos de oferta e demanda, ainda segundo explica o consultor. Na sequência, o foco dos investidores irá se voltar para para o clima no Meio-Oeste americano, principal região produtora de grãos do país. "Até lá, acredito em um mercado trabalhando entre US$ 9,60 e US$ 10,20 em Chicago", afirma Fernandes.
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