Soja: Na CBOT, mercado fecha a sessão com alta moderada frente à recuperação do petróleo
As cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a subir nesta quinta-feira (5) e terminaram a sessão em campo positivo. Os principais contratos da oleaginosa encerraram o dia com ganhos entre 8,50 e 9,25 pontos. A posição março/15 era cotada a US$ 9,81 por bushel, depois de ter fechado o dia anterior a US$ 9,72 por bushel.
O mercado voltou a operar do lado positivo da tabela, após as fortes quedas observadas no pregão desta quarta-feira. De acordo com informações de agências internacionais, os preços futuros encontraram suporte na recuperação dos preços do petróleo. A commodity encerrou a quinta-feira com alta de 2,13%, cotado próximo de US$ 50,54 o barril. A valorização da commodity sinaliza aos participantes do mercado uma possibilidade de aumento na demanda do grão, para a utilização na fabricação de biodiesel.
Além disso, a fraqueza do dólar frente a outras moedas também contribuiu para a firmeza nos preços, já que aumenta a competitividade do produto norte-americano no cenário exportador. Diante desse quadro, os fundos de investimentos retornaram à ponta compradora do mercado, conforme dados dos sites internacionais.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de vendas para exportação. Até a semana encerrada no dia 29 de janeiro, as exportações de soja ficaram em 489,700 mil toneladas.
O número representa uma queda de 35% em relação à semana anterior, na qual, foram exportadas 888,2 mil toneladas, e um recuo de 27% em comparação com a média das últimas quatro semanas. No período, o principal comprador da soja norte-americana foi a China, com 225 mil toneladas do grão. Da safra nova, 2015/16, os números ficaram em 7,1 mil toneladas, contra 20,8 mil toneladas indicadas na semana passada.
Para o ano comercial 2014/15, os EUA já venderam 45.437 milhões de toneladas de soja, equivalente a 94,4% do volume projetado. A projeção do USDA é de 48,2 milhões de toneladas nesta temporada. Com isso, já há um consenso entre os analistas do mercado, de que o departamento terá que atualizar os números nos próximos relatórios, já que o ano comercial só termina no dia 31 de agosto de 2015.
Mercado interno
De acordo com levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, a quinta-feira foi de ligeiras altas nos preços da soja nas principais praças brasileiras. Em Ubiratã, Londrina e Cascavel, ambas no Paraná, o ganho foi de 0,90%, com a saca da oleaginosa a R$ 56,00. Na região de Jataí (GO), a alta foi mais expressiva, o valor subiu 1,12% e saca terminou o dia a R$ 54,10.
Já no Porto de Paranaguá, a soja para entrega em abril/15, registrou leve alta de 0,80%, e chegou a R$ 63,00. No Porto de Rio Grande, o ganho foi de 1,11%, com a saca do grão a R$ 63,50, para entrega em maio/15. Apesar das valorizações na Bolsa de Chicago, o câmbio encerrou o dia próximo da estabilidade ao redor de R$ 2,7415 na venda, com perda de 0,02%, o que garantiu altas modestas nos preços internos.
Durante a sessão, a moeda norte-americana tocou o patamar de R$ 2,7625 na máxima do pregão. No dia anterior, a moeda subiu 1,78% e chegou a R$ 2,7420 na venda. O maior patamar de fechamento desde 23 de março de 2005.
Safra da Argentina
Segundo informações reportadas pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires, os produtores argentinos finalizaram o plantio da soja. A área semeada nesta temporada é de 20,4 milhões de hectares e a expectativa é que sejam colhidas ao redor de 57 milhões de toneladas do grão. Caso a estimativa se confirme, a produção será recorde.
Veja como fecharam os preços nesta quinta-feira:
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