Soja: Mercado dá continuidade ao movimento positivo na CBOT nesta 5ª feira
Na manhã desta quinta-feira (22), os futuros da soja operam, mais uma vez, em campo positivo e, por volta das 7h30 (horário de Brasília), subiam pouco mais de 3 pontos entre os principais vencimentos.
O mercado dá continuidade ao movimento de ligeiras altas registrado na sessão anterior e, ainda sem notícias que possam estimular uma oscilação mais forte e expressiva dos preços, exibe mais uma sessão de estabilidade na Bolsa de Chicago.
De acordo com o que sinalizam analistas internacionais, o mercado ainda trabalha nas expectativas do desenvolvimento do clima no Brasil, principalmente sobre a confirmação das chuvas previstas para os próximos dias após o rompimento do bloqueio atmosférico pela chegada de uma frente fria ao país.
Para Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest, o que contribui também com uma pausa nas quedas consecutivas dos preços em Chicago é o fato de o produtor americano ter saído do mercado, evitando vender a soja nos atuais níveis de preços. No entanto, diz ainda que essa falta de notícias ainda mantém o mercado travado.
Uma informação que deve mexer com o andamento das cotações é o boletim semanal de vendas para exportação a ser divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira (23).
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Soja tem sessão de pouca movimentação em Chicago e fecha a 4ª feira com leve alta
A sessão desta quarta-feira (21) para o mercado da soja na Bolsa de Chicago foi bastante calma e as oscilações exibidas foram pouco significativas durante todo o dia. No fechamento, os principais vencimentos terminaram com ganhos de 1,50 a 1,75 ponto.
O mercado tenta consolidar uma recuperação, segundo explicam analistas, após as baixas que vem acumulando nos últimos pregões e recuperar, segundo explicam os analistas, o patamar dos US$ 10,00 por bushel. Entre os fatores de suporte - ou ao menos de limitador das baixas - está uma nova venda de soja dos EUA para a China de 176 mil toneladas anunciada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quarta-feira, e os embarques semanais norte-americanos reportados nesta terça (20) ainda fortes e superando ligeiramente as expectativas ao super 1,5 milhão de toneladas na semana que terminou em 15 de janeiro.
Para analistas internacionais, um recuo do dólar também contribui para essa tentativa de recuperação da commodity, uma vez que com a moeda norte-americana mais barata frente às demais internacionais, os ativos e produtos negociados nas bolsas americanas acabam se tornando mais competitivos.
O dólar fechou com baixa de 0,32% nesta quarta-feira a R$ 2,6066 e, na mínima da sessão, bateu nos R$ 2,5853. Analistas afirmam que esse movimento é reflexo das expectativas de uma maior disciplina fiscal no Brasil e novos estímulos econômicos vindos da Zona do Euro. Apesar disso, o Brasil, ainda conta com um cenário de atividade fraca e inflação alta, segundo explica o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira ao G1. "O mercado está em uma semana de bom humor, mas não acho que consiga furar o nível de 2,60 (reais)", disse.
No Brasil, os preços não demonstraram uma direção definida, chegando a subir até mais de 2% em algumas praças de comercialização, como foi o caso de Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT, com valores de R$ 50,00 e R$ 49,00 por saca, respectivamente.
Nos portos, por outro lado, as cotações recuaram. Em Paranaguá, baixa de 1,64% para a soja com entrega em abril/15 para R$ 60,00. Em Rio Grande, o produto futuro caiu 0,82% para R$ 60,50 e o disponível 1,59% para R$ 62,00
Outro fator que começa a ganhar a atenção dos investidores é o clima na América do Sul, principalmente a falta de chuvas no Brasil. Algumas regiões já estão sem chuvas há mais de 20 dias porém, um bloqueio atmosférico que estava sobre todo o país começou a ser rompido nesta quarta-feira por uma frente fria.
Entretanto, segundo o meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Marcelo Scnheider, as precipitações chegam às regiões Sudeste e Centro-Oeste e ainda de forma irregular.
"Estamos com mais de 30 dias sem chuvas na região. Vai haver uma perda bastante expressiva. A gente não pode ainda medir, se vai ser 15 ou 30 por cento, ou mais, porque não se sabe que dia vai chover", disse à Reuters o presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), Antonio Chavaglia.
Para o especialista, a situação deve se normalizar somente a partir de fevereiro e em alguns estados como Piauí e Bahia, no nordeste do país, a situação é relatada pelos produtores como "desesperadora".
"O anúncio da compra da China de uma quantidade quase igual ao volume cancelado no dia anterior foi positivo, mas insuficiente para mexer com o mercado de forma mais expressiva. Os traders estão esperando, agora, a confirmação da chuvas previstas para o Brasil no final da semana", disse Todd Hultman, analista de grãos do site norte-americano DTN The Progressive Farmer.
2 comentários
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Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
Prestem atenção...a cada noticia de chuva despenca o preço do café..soja..milho...etc...
Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
Bem como a tal DEMANDA chutada pelos jornalistas e analistas está de férias...agora é o consolo do clima...claro que o clima vai baixar a produção..mas não vai interferir muito nos preços pois a safra será maior que o ano passado ..bem as perdas vão ser muito localizadas e alguns produtores vão perder muito e muitos quase nada...
Deveríamos prestar mais atenção aos meteorologistas..claro não conseguem acertar 100% isto é impossível em qualquer atividade...mas estão errando TODAS desde setembro do ano passado...e aí quem ganha com isto AS TRADINGS...como neste país tem políticos..jornalistas..meios de comunicação...que só falam e divulgam o que lhes é pago para fazer ..quem garante que com a meteorologia não acontece a mesma coisa...