Soja volta a perder força e opera com baixas de dois dígitos na CBOT na tarde desta 5ª
Os preços da soja voltaram a recuar na tarde desta quinta-feira (15) na Bolsa de Chicago, depois de tentar uma reação no início do dia. Os futuros da oleaginosa, por volta das 14h50 (horário de Brasília), perdiam entre 11 e 12 pontos e o março/15, o contrato mais negociado, já perdia, novamente, o patamar dos US$ 10 por bushel, recuando 12,25 pontos.
O mercado, segundo analistas, ainda se comporta de forma bastante técnica e na defensiva com a chegada de números importantes nesta quinta-feira, como o das vendas para exportações reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e do Nopa (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas). E apesar dos números das exportações terem vindo positivos, o mercado intensifica suas perdas.
De acordo com o departamento agrícola norte-americano, as vendas da semana que terminou em 8 de janeiro ficaram em 1.438,2 mil toneladas, sendo 1.133,2 mil da temporada 2014/15 e 305 mil da safra 2015/16. O volume da safra velha superou o registrado na semana anterior, de 910,6 mil, e ficou acima das projeções dos traders, que variavam entre 700 mil e 900 mil toneladas. Assim, o acumulado de vendas da temporada atual já soma 44,323 milhões de toneladas, contra 48,17 milhões estimadas pelo USDA para serem exportadas em todo o ano comercial 2014/15.
Esse, segundo analistas, a força da demanda é um fundamento importante e que deve ser o principal fator de suporte para as cotações. Entretanto, desde o início da semana, os preços vêm sendo pressionados pelas informações trazidas pelo USDA em seu boletim mensal de oferta e demada, as quais reportaram um aumento da oferta e acabaram reduzindo as informações sobre o potencial do consumo.
"O mercado internacional vem confinado entre US$ 9,70 / US$ 9,80, se voltarmos uns três meses, e os US$ 10,50 / US$ 10,60 e entre US$ 10,00 / US$ 10,20 tem sido o nível da água para os preços (...) Tivemos um preço muito balizado nos últimos meses muito em função da safra norte-americana e a agora à espera de informações da safra sulamericana", explica o analista de mercado e economista Camilo Motter, da Granoeste Corretora.
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