CBOT: Soja opera com volatilidade esperando números do USDA
As cotações da soja praticadas na Bolsa de Chicago apresentam movimentações pouco expressivas nesta quarta-feira (26). Os investidores parecem se manter mais cautelosos à espera do novo boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será divulgado no dia 31, próxima segunda-feira. Por volta de 12h30 (horário de Brasília), o mercado operava com ligeiras altas, com exceção do vencimento agosto/14, que recuava 1 ponto e era cotado a US$ 13,41 por bushel.
A espera pelo boletim do departamento norte-americano tem trazido volatilidade ao mercado e falta de direcionamento para os preços, já que a ansiedade dos traders é grande. Frente à isso, segundo explicam analistas, os fundos de investimento, que há tempos vinham carregando posições compradas, estão se reposicionando, aguardando por novas informações.
O relatório, além dos estoques norte-americanos trimestrais em 1º de março, traz também as primeira projeções para a área de plantio da safra 2014/15 dos Estados Unidos e já se espera um aumento do cultivo da soja, o que poderia pressionar as cotações nos vencimentos de mais longo prazo.
Para a área de plantio de soja na nova safra norte-americana, a expectativa do mercado é de 32,78 milhões de hectares. O número divulgado no Agricultural Outlook Forum que aconteceu em fevereiro nos EUA apontava, no entanto, para uma área de 32,17 milhões de hectares, enquanto algumas consultorias privadas já apontam para 33,59 milhões.
"A indicação é de que haja uma retração significativa nos estoques da soja", acredita o analista de mercado Mario Mariano, da Novo Rumo Corretora, e "também um aumento das exportações", diz, referindo-se ao novo boletim semanal dos embarques dos Estados Unidos, os quais já superam as 39 milhões de toneladas no acumulado do ano comercial 2013/14, contra a estimativa de exportação do USDA de 41,6 milhões de toneladas.
As especulações sobre as condições climáticas nos Estados Unidos também gannham, aos poucos, alguma importância no mercado internacional. O plantio precoce de milho, que já começou em alguns estados norte-americanos, estaria sendo prejudicado pelo frio intenso e até mesmo pela presença de neve em algumas regiões produtoras.
"No início da semana, um boletim climático norte-americano informou que o tempo ainda estaria ruim para a instalação das plantas porque ainda tem neve e nevascas no curto prazo em alguns estados, então paralisa o plantio no curto prazo. Entretanto, alguns outros estados mais do Sul têm um pouco mais de plantio para o milho, mas, estatisticamente, é um número muito pequeno que isso está dentro da normalidade", diz Mário Mariano.
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