Soja: Demanda é muito forte e mercado fecha com bons ganhos
A demanda mundial extremamente aquecida deu mais um dia de fechamento positivo para a soja no mercado internacional. Durante toda a sessão regular desta quarta-feira (23), os futuros da oleaginosa operaram do lado positivo da tabela, registraram ganhos de dois dígitos ao longo do dia e encerraram os negócios com os primeiros vencimentos acima dos US$ 13,00 por bushel.
Para o analista de mercado do SIM Consult, Mauricio Correa, nesse ritmo, o contrato novembro/13 se movimenta agora para buscar os US$ 13,20/bushel e então continuar subindo. "O mercado está firme no caminho pela busca dos US$ 13,20 e caso os números de exportações semanais a serem divulgados nesta quinta-feira (24) pelo USDA venham fortes, o mercado deverá tentar buscar os US$ 13,75. Estou confiante em um período forte para os preços", disse.
Na última segunda-feira (21), o USDA já divulgou seus números para os embarques para exportação dos grãos e reportou números de mais de 1 milhão de toneladas, o que confirma a demanda bastante firme pelo produto norte-americano. Além disso, nesta quarta, o departamento informou a venda de 120 mil toneladas de soja para a Rússia, com entrega prevista para a safra 2013/14.
Frente a essa demanda e a uma retenção de produto por parte dos sojicultores norte-americanos, o mercado físico norte-americano também está bastante aquecido, com prêmios muito altos. Os produtores dos EUA vêem nesse cenário de pouca oferta disponível um momento favorável para segurar sua soja e garantir, mais adiante, preços mais altos. No Brasil, o quadro se repete e os prêmios nos portos brasileiros também são muito positivos, com US$ 2,60 acima do valor de Chicago para novembro. Os números refletem, portanto, assim como nos EUA, os produtores deixando de vender sua soja à espera de valores mais remuneradores.
Segundo explicou o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, o avanço da colheita americana também tira a pressão dos preços e isso que faz com que os produtores dos EUA evitem vender a soja. "Sem ser a produção americana, a única oferta disponível deverá ser a brasileira, entrando no mercado somente em meados de fevereiro. Com a colheita se encaminhando para o fim nos EUA, as negociações ficam mais delicadas e os americanos buscam um melhor momento para vender", explicou.
O clima nos Estados Unidos também foi, nesta quarta-feira, um fator altista para as cotações. Em estados como Iowa, Illinois e Indiana já foi registrada a incidência de neve, condições que comprometem o bom andamento da colheita de grãos da nova safra norte-americana. Além disso, o frio intenso poderiam ainda prejudicar a produtividade nos EUA. Alguns analistas e agrônomos afirmam que a neve poderia fazer com que houvesse um travamento das vagens e com o toque das máquinas na colheita elas poderiam se abrir e fazer com que alguns grãos fossem perdidos, comprometendo, assim, o rendimento das lavouras.
Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta quarta-feira:
0 comentário
Soja fecha no vermelho em Chicago nesta 2ª feira, com pressão ainda vinda dos fundamentos e dólar
Sim! Há demanda para toda a soja que o mundo está produzindo na safra 2024/25
Soja segue operando com estabilidade em Chicago nesta 2ª, mas passa para o campo negativo
Soja/Cepea: Clima favorável reforça perspectiva de maior oferta, e preço cai
Aprosoja MT apresenta sugestões ao Governo de MT para regulamentação da Lei da Moratória da Soja
Soja sobe levemente na Bolsa de Chicago nesta 2ª feira, acompanhando altas entre os derivados