Soja e milho têm dia de baixa na CBOT com chuvas no Meio-Oeste dos EUA
Os futuros da soja e do milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sessão regular desta quinta-feira (22) com expressiva baixa. Os vencimentos mais negociados de ambos os mercados recuaram mais de 17 pontos. O principal fator de pressão para os preços neste pregão foram as chuvas que chegaram a importantes estados produtores do Meio-Oeste dos Estados Unidos.
Segundo analistas e meteorologistas, foram chuvas de pouco volume, entretanto, aliviaram os temores que vinham sendo causados pelo clima muito quente e seco podendo prejudicar a produtividade das lavouras norte-americanas. Entretanto, a previsão é de que o tempo se mostre mais seco novamente.
Choveu nos estados de Nebraska, Kansas, Iowa, Wisconsin e Minnesota e há ainda a possibilidade de chuvas para Illinois. "No porte em que as chuvas aconteceram em Iowa, Kansas e Nebraska são bastante favoráveis", disse Paulo Molinari, analista de mercado da Safras & Mercado.
Ao mesmo tempo em que o mercado observa o comportamento do clima nos Estados Unidos, aguarda ainda pelos números que serão divulgados pelo Crop Tour Pro Farmer. Para Molinari, caso esses números venham acima das últimas estimativas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado pode ser ainda mais pressionado.
"A grande dúvida é Iowa e Illinois, onde eles estão entrando nesse encerramento de semana. Iowa recebeu menos chuvas em julho e agosto, então nós teremos mesmo que aguardar para ver esse levantamento de Iowa, mas, a princípio, a expectativa é de que os números fiquem um pouco acima dos USDA", disse Molinari.
Para Daniel D'Ávilla, analista da corretora New Edge, de Nova York, os próximos passos do mercado internacional de soja e milho deverão ser definidos pelas condições climáticas e pelas informações do Crop Tour. os números iniciais trazem menor rendimento para alguns estados enquanto indica números acima da média para outros e isso tem contribuído para a volatilidade dos preços.
“E vale lembrar que a soja norte-americana foi semeada com duas semanas de atraso, em função das adversidades climáticas. Então, a primeira semana de setembro será importante em termos de clima, pois se tivermos chuvas no final desse mês será essencial para a produção do país”, diz o analista.
Além das informações sobre a produção norte-americana, o que também pesou sobre as commodities agrícolas nesta quinta-feira (22) foi a alta do dólar índex.
“O dólar tem uma relação inversa aos preços das commodities, quando a moeda está forte, o pessoal acaba vendendo no mercado", explica. Por outro lado, ainda no cenário financeiro, o mercado contou com boas informações vindas da economia chinesa, que apontou seu Índice Gerente de Compras (PMI) em 50,1 pontos frente às expectativas de 48,2 pontos e acima também do registrado em julho de 47,7 pontos.
Veja como ficaram as cotações no fechamento desta quinta-feira:
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