IPCA tem variação de 0,57% em abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de abril apresentou variação de 0,57% e ficou 0,05 ponto percentual acima da taxa de março (0,52%). Com o resultado de abril, o acumulado do ano está em 2,65%, bem acima da taxa de 1,72% registrada em igual período de 2009. No período de 12 meses, o índice registra alta de 5,26%, também acima dos 5,17% verificado no mesmo intervalo anterior. Em abril de 2009, o IPCA ficou em 0,48%.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar da desaceleração verificada em parte dos grupos de produtos e serviços, o reajuste nos preços dos remédios, o aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de automóveis zero quilômetro e a entrada no mercado dos novos artigos de vestuário foram os responsáveis pela alta do IPCA verificada na comparação entre os meses de março e abril.
No setor de alimentos, a alta de 1,45%, ainda que menor do que a taxa de 1,55% registrada em março, continuou sendo forte e os preços já acumulam alta de 5,19% neste segmento no ano. O leite pasteurizado, mesmo com 7,43% de variação em abril, inferior aos 8,03% do mês de março, teve a maior variação (0,08 ponto percentual). No mês passado, as maiores quedas foram verificadas nos preços da cenoura (-3,14 %), frutas (-2,51%), óleo de soja (-2,38%), hortaliças (-2,19%) e arroz (-1,27%).
Enquanto isto, a taxa dos produtos não alimentícios subiu dos 0,22%, em março, para 0,31% em abril. O reajuste médio de 4,6% nos preços de um grupo de medicamentos, concedido para vigorar a partir do dia 31 de março, foi responsável pela variação de 2,22% no IPCA, constituindo-se na terceira maior contribuição do mês: 0,06 ponto percentual. Em março, os preços no setor se apresentaram relativamente estáveis.
No segmento de veículos, o aumento no preço dos automóveis, que passou da queda de 0,72%, em março, para a alta de 1,04% em abril, refletiu o efeito do retorno do IPI, que incide sobre os carros novos desde o dia 1º de abril. Já os artigos de vestuário, que passaram de 0,66%, em março para 1,28% em abril, evidenciaram a alta sazonal observada por ocasião da entrada da nova estação no mercado.
Outro destaque ficou por conta dos salários dos empregados domésticos, que
também apresentaram variação significativa (1,60%), embora mais branda que a
verificada no mês de março (1,81%).
Já os combustíveis ficaram mais baratos
com a queda de 1,23% em abril, depois da expressiva redução no mês de março
(-2,51%). Isto pode ser explicado pela queda no preço da gasolina, que recuou
1,95%, em março, e 0,56% em abril. O etanol manteve o comportamento, passando de
-8,87%, em março, para -8,37% em abril.
Dentre os índices regionais, a maior taxa ficou com Brasília (1,07%), onde os
artigos de vestuário (2,39%) e a gasolina (7,76%) apresentaram os maiores
resultados no mês. Goiânia (0,10%) registrou o menor índice tendo em vista,
principalmente, fortes quedas tanto na gasolina (-7,72%) como no preço do etanol
(-14,37%).
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