Bovespa recua 1,83% no fechamento, em seu menor nível desde novembro
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) emendou um novo dia de forte retração na jornada desta sexta-feira, em sintonia com a derrocada na vista nos demais mercados. A dramática situação de Grécia, Portugal e Espanha assombra os investidores, que fogem de aplicações de maior risco e derrubam as Bolsas de Valores. A queda na taxa de desemprego nos EUA não foi suficiente para "acalmar os nervos". E a taxa de câmbio doméstica atingiu R$ 1,89, a cotação mais alta desde 1º de setembro de 2009.
Neste ano, o dólar já ficou 8,6% mais caro, enquanto a Bovespa desvalorizou 8,5%. Somente nesta semana, a taxa de câmbio subiu 0,32%, enquanto a Bolsa retrocedeu 4%.
O Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, recuou 1,83% no fechamento, aos 62.762 pontos, a menor pontuação desde 3 de novembro. O giro financeiro foi de R$ 8,80 bilhões. Na Europa, a Bolsa de Londres caiu 1,52%; a Bolsa de Madri retrocedeu 1,35%. E ainda operando, a Bolsa de Nova York cede 0,31%.
"Muitas ações caíram muito nos últimos dias e chegaram a um bom ponto de compra. Ontem, teve um pouco de pânico. Nós vimos muito investidores assustados com os acontecimentos na Europa, muitos estrangeiros venderam ações. Mas é justamente nesses momentos de pânico que surgem oportunidades", comentou Paulo Hegg, operador da Um Investimentos.
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,891, em um acréscimo de 0,37% sobre o preço de ontem. Para Mário Paiva, analista da BGC Liquidez, o mercado mostrou anteriormente uma resistência em superar a barreira de R$ 1,90, mas que essa "barreira psicológica" pode mudar nos próximos dias "se essa aversão ao risco continuar aumentando, se a preocupação com a Europa continuar assombrando os mercados como ontem e hoje", considera o profissional.
A taxa de risco-país marca 243 pontos, número 0,41% acima da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, o governo americano revelou que a taxa de desemprego recuou para 9,7% em janeiro ante 10% em dezembro. Houve perda de 20 mil postos de trabalho no mês, frustrando as expectativas de muitos economistas, mas ainda assim, bem abaixo do 'desastre' visto em dezembro, quando houve o fechamento de 150 mil vagas.
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) verificou que a produção industrial caiu em 13 das 14 regiões pesquisadas no país, ao longo de 2009. O mesmo instituto contabilizou uma inflação de 0,75% em janeiro, a maior desde 2008, pela leitura do IPCA.
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) revelou hoje que os números oficiais devem revelar uma geração histórica de empregos formais em janeiro. O número pode ultrapassar a casa dos 142 mil postos de trabalho.
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